domingo, 18 de dezembro de 2011

2012 :dicas como torna-lo um ano verde

Está chegando a hora de fazer as tradicionais promessas de ano novo. Que tal prometer tornar 2012 um ano ecológico? Confira as dicas do Greenvana de produtos que vão fazer o seu dia a dia ficar mais verde e sem grandes mudanças na sua rotina. São várias opções, desde substituir as sacolas plásticas por uma ecobag até lavar suas roupas sem sabão.
Por um ano mais verde

10 países que estão esquentando (e muito) o planeta

Levantamento da Maplecroft divulgado na COP17 lista os países que mais emitem gases de efeito estufa, os vilões do aquecimento global. Juntos, eles respondem por 2/3 das emissões mundiais; Brasil aparece em sexto lugar 

 

1 - CHINANo topo da lista, a China registrou só no ano passado um aumento de 10,4% de suas emissões de CO2-equivalente (CO2e), medida que combina dióxido de carbono (CO2) com outros gases que absorvem e apreendem a radiação, como metano e óxido nitroso, ajudando a esquentar o planeta.

Em 2010, o gigante emergente produziu 9.441 megatoneladas de CO2-equivalente (CO2e). Segundo levantamento da firma de risco britânica Maplecroft, a maior parte das emissões do país vem da crescente demanda de energia, intensamente dependente dos combustíveis fósseis, especialmente carvão. Embora o uso de energia renovável no país esteja aumentando, ele ainda é ofuscado pela produção e consumo de energia suja.

2 - ESTADOS UNIDOS
Entre os países desenvolvidos, os EUA são os que mais poluem. Em 2010, foram emitidos 6.538 megatoneladas de CO2e. Segundo o levantamento, os EUA são os recorditas em taxas de emissões de CO2 per capita.

Apesar disso, o assunto não preocupa muito a população. Um estudo recente mostrou que o ceticismo sobre aquecimento global é forte por lá - apenas 53% dos americanos consideram o fenômeno uma ameaça séria. O país também está no bloco de nações resistentes a um acordo global legalmente vinculante para cortar as emissões de CO2, assim como a China.

3 - ÍNDIASegundo país mais populoso do mundo e o segundo mais poluidor entre os BRICs, a India fica em terceiro lugar no ranking de emissões globais de gases efeito estufa, produzindo 2.272 megatoneladas de CO2 equivalente.

O país consome grandes quantidades de combustíveis fósseis baratos, como carvão, que contribuem fortemente para as altas emissões. Além disso, a India produz outros vilões do aquecimento global, como o gás metano (CH4), oriundo da pecuária.

4 - RÚSSIAEm quarto lugar, aparece a Rússia, com 1.963 megatoneladas de CO2 equivalente. Segundo o relatório, apesar das emissões russas terem declinado nos anos 1990, após o colapso da União Soviética que gerou uma baixa no crescimento industrial, o país ainda se mantém como um produtor significativo de gases efeito estufa. Entre, os BRICS, ele é o terceiro maior emissor.

5 - JAPÃONo ranking da Maplecroft, o Japão aparece na quinta posição, com emissões globais de 1.203 megatoneladas de CO2 equivalente. Segundo o estudo, apesar do país empreender esforços para reduzir suas emissões de gases efeito estufa, há temores de que preocupações com a segurança energética, principalmente após o acidente nuclear de Fukushima, possa fazer com que o país recorra, no curto prazo, a fontes de combustíveis fósseis, levando a um aumento das emissões de carbono do país.

6 - BRASILEntre os BRICS, o Brasil é o que apresenta menores emissões, mas no mundo, somos o sexto país que mais jorra na atmosfera gases de efeito estufa, com 1.144 megatoneladas de CO2 equivalente. A maior parte disso tem origem na agropecuária e agricultura, que geram grandes quantidades de metano e óxido nitroso.

A conta não considera as emissões do desmatamento. O relatório destaca ainda que o Brasil está buscando reduzir seu impacto e que em recente "gesto político", concordou em reduzir suas emissões de GEE entre 38% e 42% para 2020 com base nos níveis atuais.

7 - ALEMANHAEm sétimo lugar aparece a Alemanha, principal emissor de GEE na União Europeia e sua maior economia. O estudo destaca que o país vive um crescimento que impulsiona a industria da construção civil, atividade que acaba elevando a pegada de carbono.

A maior parte do CO2 vem da produção de energia e da queima de combustíveis fósseis. O documento destaca, no entanto, que a Alemnha conseguiu uma queda de 22% nas emissões de GEE entre 1990 e 2008, no cumprimento dos objetivos do Protocolo de Kioto.

8 - CANADÁEm oitava posição, o Canadá é outro que está aquecendo o planeta. O país viu suas emissões de GEE aumentarem de forma acentuada durante o período de 1990-2005, segundo um estudo da "Statistics Canada".

Apesar de representar apenas 0,5% da população mundial, o Canadá produz cerca de 2% das emissões globais. Na reunião da COP17, o país ameaçou sair do Protocolo de Quioto, que segundo seu ministro do meio ambiente, teria se tornado uma "coisa do passado".

9 - MÉXICOEm nono lugar, surge o México, o segundo maior emissor de gases efeitos estufa na América Latina, depois do Brasil. Segundo o relatório, apesar das dificuldade do país em controlar e monitorar suas emissões, ele tem assumido uma atitude proativa para combater o aquecimento global. O México ratificou o Protocolo de Kioto, com a promessa de reduzir em 30% suas emissões em 2020, com base nos valores atuais, e também apoia a criação de um fundo climático.

10 - IRÃNo Oriente Médio, o Irã é o país com as maiores emissões de GEE. Sem surpresas, a forte dependência de combustíveis fósseis e a grande produção de petróleo e gás são os vilões ambientais da região, mas também formam a base de sua economia. O preço a se pagar é alto. Segundo o estudo, o país está entre os mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas, sendo alvo de secas e enchentes constantes.

A máquina que come lâmpadas e pilhas

A empresa britânica reVend Recycling (assim mesmo, com minúscula) desenvolveu uma máquina que engole lâmpadas e pilhas usadas. Além de separar os produtos para reciclagem, ela também oferece bônus para a pessoa trocar por descontos em compras. Os primeiros exemplares foram instalados em lojas algumas lojas da rede de móveis e decoração Ikea, em Londres. Nessas lojas, quem deposita suas lâmpadas e pilhas ganha vales que podem virar doações para ONGs ambientais ou de defesa das crianças.
As máquinas aceitam lâmpadas incandescentes, fluorescentes e até as modernas LEDs. E pilhas de qualquer formato. O mecanismo pode identificar as lâmpadas e pilhas por tipo e fabricante. E encaminhar cada um para seu centro de reciclagem. A reVend Recycling diz que tem acordos para instalar as máquinas em todo Reino Unido, Alemanha e Dinamarca. E que planeja chegar a outros países da Europa e aos Estados Unidos em breve.
As máquinas funcionam como as versões anteriores, que engolem garrafas, e são populares na Europa e nos EUA. Há alguns meses, dois brasileiros criaram a empresa Susten Trading, que distribuíu 7 máquinas em supermercados em Jundiaí, no interior de São Paulo. Elas engolem embalagens com formato cilíndrico (como garrafas e latinhas) de plástico, vidro ou alumínio. Mas faltava uma solução para outros produtos.
Descartar lâmpadas incandescentes é usadas é um tremendo problema. Tomara que essas máquinas prosperem.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Energia éolica mais barata que gas natural em 2016

Um relatório divulgado pela Bloomberg New Energy Finance afirma que o preço da energia eólica vai cair cerca de 12% nos próximos cinco anos. No Brasil, já há energia eólica mais barata que de termelétricas. Em alguns lugares, a energia eólica já está tão barata quanto o gás natural, mas no geral continua cara na maior parte do mundo. Não por muito tempo.
A notícia é um ótimo incentivo para os defensores do uso de energia renovável e limpa. Devemos a queda desses custos de instalação e funcionamento principalmente às melhorias na tecnologia, que aumentaram a capacidade de produção, com turbinas mais eficientes e aerodinâmicas.

Uma coisa é certa: tanto a energia eólica quanto a energia solar precisam de grandes investimentos iniciais para sobreviver. Precisamos de políticas agressivas para implantação de parques eólicos e painéis solares em telhados, por exemplo. E precisamos também de um preço sobre o carbono e benefícios fiscais mais consistentes para a energia renovável.
Quanto mais fontes de energia limpa, mais eficiente vão se tornar as cadeias de abastecimento e infraestrutura (física e política). Só com comprometimento e planejamento poderemos garantir o futuro da energia eólica mais barata para as futuras gerações.

09 / 12 / 2011 Brasil diz que aceita entrar em acordo global para reduzir emissões

A ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira discursou nesta quinta-feira (8) na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Durban, na África do Sul, e afirmou que o Brasil está disposto a negociar um novo acordo de redução de emissões de gases causadores de efeito estufa que inclua todos os países e que tenha caráter de cumprimento obrigatório (legalmente vinculante).
“Se todos, repito todos, trabalharmos juntos poderemos negociar o mais cedo possível um novo instrumento legalmente vinculante sobre a convenção [do Clima da ONU], baseado nas recomendações da ciência, que inclua todos os países para o período imediatamente após 2020”, discursou no plenário da conferência, que reúne mais de 190 países.
Até então, o Brasil não havia sinalizado claramente que aceitaria negociar um tratado em que também assumisse metas de redução de emissões de cumprimento obrigatório mediante a comunidade internacional.
O discurso de Izabella Teixeira está em linha com o plano da União Europeia de negociar esse acordo global a entrar em vigor a partir de 2020, junto com a renovação do Protocolo de Kyoto, único acordo de cumprimento obrigatório atualmente em funcionamento.
O governo federal havia anunciado em 2009 a Política Nacional sobre Mudança do Clima, que define em lei a meta de redução de gases do efeito entre 36,1% e 38,9% até 2020 em relação ao que se estima que poluiria se nada fosse empreendido.
A política está dividida em quatro grandes grupos: uso da terra, especialmente controle de desmatamento na Amazônia e no cerrado (redução de emissões em 24,7% até 2020), agropecuária (4,9% a 6,1%), energia (6,1% a 7,7%) e “outros”, especialmente siderurgia, com a substituição de carvão de desmate pelo originário de replantio de árvores (0,3% a 0,4%).
A China, maior emissora de gases-estufa, também sinalizou que está disposta a estabelecer esse “caminho negociatório” até 2020 e se comprometer a reduções, ainda que com uma série de condições.
Desta forma, os EUA têm ficado isolados e têm sido acusados de serem o maior entrave a avanços na COP 17. Num tom que soava até acuado diante das repetidas insinuações, o negociador-chefe americano, Todd Stern, nesta quinta-feira veio a público para negá-las.
Em contraposição à proposta de um plano global para vigorar a partir de 2020, os EUA vinham dizendo que a negociação precisava ter em vista uma data posterior, pois o problema não se resolveria até lá. “É completamente sem base sugerir que os EUA propuseram atrasar as ações até 2020″, defendeu-se Stern.
Mas, perguntado mais uma vez nesta quinta-feira qual seria o plano dos EUA para combater as mudanças climáticas, ele voltou a ser pouco específico. Uma dificuldade que o governo americano enfrenta é que ,para assumir um compromisso vinculante, precisa de aprovação do Congresso, o que não deve acontecer. Portanto, os representantes americanos em Durban não têm, na prática, a oferecer o que a comunidade internacional espera. (Fonte: G1)

Diversão de Humanos, Sofrimento Ambiental

Nos dias 10 e 11 de dezembro, seres humanos “apaixonados” por natureza irão realizar uma trilha com o intuito de desfrutar de um lugar de belezas cénicas, rica vida selvagem e praticamente deserto.
Seria até poético e ambientalmente consciente se este passeio não fosse feito com jipes. Não falamos de uns poucos, sim de cerca de 50, 60 veículos, cruzando por uma faixa de praia que de deserta não tem nada, pois há sim muita vida nos cerca de 220 Km que estão previstos a serem percorridos, dos quais, cerca de 150 Km, com quase nenhuma presença humana de forma direta (por isso considerado deserto).
Porém, esta é uma área assolada seguidamente por atividades humanas extremamente danosas a estes ecossistemas, como a pesca industrial em período reprodutivo de espécies de tubarões e arraias e a ocupação da área de dunas por cabeças de gado, que pastam livremente, alimentando-se do capim responsável pela fixação e criação dunas. Agora, tal região será palco de mais uma agressão deliberada a este ambiente extremamente frágil.
Um “passeio” de jipe, envolvendo diversos veículos, nesta época do ano, seria de grande prejuízo para as aves costeiras e marinhas migratórias, que têm nestes quilômetros de praia um refúgio para descanso, e uma área de extrema importância para a sua alimentação, uma vez que grande parte das espécies encontradas na região nesta época do ano é migratória, e realiza tal movimento justamente pelas razões apontadas acima.
O trânsito de vários veículos na beira da praia provoca a revoada dos bandos de aves, consumindo suas reservas de energia, pois têm que alçar voo a cada passagem de veículo, bem como as impedindo de alimentar-se para repor tais reservas de energia.
Imaginem se fossem os senhores tentando almoçar, e a cada 3 minutos alguém tocasse a campainha de sua casa ou o seu telefone chamasse insistentemente, impedindo-os de terminar sua refeição. Sem dúvida isso chatearia muito a vocês.
Mas todo o descrito acima se refere apenas ao bom senso e ao respeito que nós, seres humanos, deveríamos ter com o ambiente em que vivemos e compartilhamos com outros seres vivos.
Vejamos agora o tal “passeio” sob a ótica da legislação brasileira, começando pelo Código Brasileiro de Trânsito, que não reconhece as faixas de praia como sendo vias para trânsito de veículo, e mais, o tratamento dado pelos órgãos que regulamentam o trânsito de veículos as tratam como sendo de tráfego proibido, senão vejamos.
Quantas placas de sinalização de trânsito ou semáforos os senhores já avistaram nas faixas de praia (a desconsiderar situações de orientação de transeuntes)?
Em caso de acidente, está previsto a retirada do seguro DPVAT? Penso ser pouco provável.
Qual órgão tem obrigação de fiscalizar e orientar o trânsito na faixa de praia? Desconheço.
Além disso, caso o condutor tenha ingerido bebida alcoólica e esteja dirigindo sob efeito de álcool, pois nestas “jipadas” é muito comum o consumo de bebidas alcoólicas, pode ser punido caso pego no famoso teste do bafômetro (etilômetro)?
Outro ponto que desrespeita a legislação brasileira diz respeito à conservação do património histórico natural, pois nesta faixa de praia encontra-se a maior jazida fossilífera do Pleistoceno, período geológico que teve seu término há cerca de 60 mil anos e que deixou vários registros da presença da fauna da época, sendo que no litoral do extremo sul do Brasil tais fósseis são encontrados facilmente jogados pelo mar na praia. São conchas, chifres de cervos, dentes de tubarões, carapaças de tatus gigantes, mandíbulas de tigres dentes-de-sabre, garras de preguiça gigante, entre outros tantos que se encontram espalhados por cerca de 50 quilômetros da faixa de praia, formando um imenso “tapete” de fósseis. Pois é justamente nesta faixa de ocorrência que os veículos irão transitar, simplesmente destruindo um patrimônio histórico natural que pertence a todos os cidadãos brasileiros.
Por último, tal atividade é desprovida de licenciamento ambiental, uma vez que não é nem um evento oficial e não está sendo realizada por nenhuma instituição habilitada para a realização de tal evento, e mesmo se fosse, e sempre a um se, estaria desrespeitando dois princípios fundamentais do Direito Ambiental brasileiro, que norteiam as leis ambientais brasileiras, a Precaução e a Prevenção.
Não se tem idéia do impacto ambiental que uma “jipada” destas pode causar ao ambiente costeiro. Seria necessário avaliar o impacto provocado pelo trânsito de veículos de forma consecutiva em um curto período de tempo, sobre as aves, crustáceos, moluscos e demais fauna presente, além da emissão de gases poluentes em grande quantidade num espaço de tempo reduzido. Por fim, a destruição das dunas pelas quais os veículos transitam, pois a grande diversão destas pessoas é saber o que sua máquina é capaz de fazer.
Esta situação ainda não ocorreu, e os órgãos competentes tem tempo hábil e soluções rápidas que podem ser adotadas para impedir tal absurdo de ocorrer, pois este é um evento que está sendo anunciado, sim, anunciado pela internet. Convenhamos que impedir que crimes como estes ocorram fica bem mais fácil quando são anunciados como e quando vão ocorrer. Segue o anúncio para que todas as autoridades competentes e a sociedade brasileira tome conhecimento:




Foto: Reprodução Pelotas 4x4
Foto: Reprodução Pelotas 4x4




O Pelotas4×4 realiza nos dias 10 e 11/12 o I Passeio Rota do Mar. O evento contemplará as belezas da maior praia do mundo, um dos cartões postais da nossa região, avistando naufrágios, animais silvestres e marinhos, alem dos faróis Sarita, Verga, Albardão (Aberto a visitação), e do Chuy. A programação prevê também uma parada para almoço, compras nos free-shops e uma pernoite em pousada na praia da barra (por conta de cada participante). O retorno à Pelotas será no domingo à tarde. Participe, pegue seu 4×4 e faça parte desta aventura!

O que? I Passeio Rota do Mar Pelotas4×4
Quando? Dias 10 e 11/12/2011
Onde? Saída pontualmente às 6:00Hs do Posto Dom Joaquim/Pelotas
O que Levar? Combustível extra, ferramentas, cinta p/reboque, rádio PX ou Walk-talk, protetor solar, guarda-sol, agasalhos, chapéus ou bonés, máquina fotográfica ou filmadora, lanches rápidos, corte de carne p/almoço no disco, água potável, bebidas geladas e disposição!
Para Saber Mais: Acesse Faróis do RS
Informações: pelotas4×4@hotmail.com / Barra do Chuí: (53) 3265.1006.

Pois aí está.
Agora façamos nossa parte para impedir que tal desrespeito à vida marinha e à conservação ambiental não ocorra, não só desta vez, mas para todos os eventos futuros deste tipo.
Divulguem o máximo que puderem nestes poucos dias que restam. Quem sabe assim chamamos a atenção das autoridades brasileiras para este tipo de atividade extremamente danosa.
A vida marinha agradece.

Austrália planeja criar maior parque marinho do mundo


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A Austrália decidiu nesta sexta-feira criar o maior parque marinho do mundo, a fim de proteger uma vasta extensão do mar de Coral, que banha o nordeste do país, e onde foram travadas acirradas batalhas na Segunda Guerra Mundial.
O ministro do Meio Ambiente, Tony Burke, disse que o parque terá quase 1 milhão de quilômetros quadrados – equivalente à França e Alemanha juntas – e que protegerá peixes, arrecifes e locais de desova de aves marítimas e da tartaruga verde.
“O significado ambiental do mar de Coral está na sua diversidade de recifes de coral, bancos de areia, cânions e planícies abissais”, disse Burke. “Ele contém mais de 20 exemplos excepcionais de isolados recifes tropicais, bancos de areia e ilhas.”
O novo parque abrangerá também navios naufragados durante a Batalha do Mar de Coral, uma série de confrontos navais entre forças japonesas, norte-americanas e australianas, em 1942, no que foi considerada a primeira batalha envolvendo porta-aviões.
Pelo menos três navios dos EUA estão naufragados ali – USS Lexington, US USS Sims e USS Neosho, segundo Burke.
O governo vai detalhar dentro de 90 dias os limites do parque, que ficará dentro da zona econômica marítima australiana. Atualmente, o maior parque marítimo do mundo fica em torno do arquipélago de Chagos, possessão britânica no Índico.

“Chevron pode ser expulsa do Brasil”, diz ministro de Minas e Energia



O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou neste sábado que a petrolífera americana Chevron pode ser “expulsa” do país caso não cumpra os acordos para reparar os danos causados pelo vazamento de petróleo na bacia de Campos.
“A empresa já foi fortemente penalizada pelo que fez e foi suspensa de fazer novas perfurações no Brasil, embora seja a segunda maior empresa do mundo”, afirmou Lobão aos jornalistas na cidade de Teresina, capital do Piauí.
O ministro lembrou que a Chevron deve pagar a multa de R$ 50 milhões que foi imposta pelas autoridades e também se responsabilizar pelos danos causados ao meio ambiente, que ainda não foram totalmente quantificados.
“Estamos atentíssimos no sentido de que cumpra o seu papel ou então (a Chevron) será expulsa do Brasil”, completou Lobão.
A Chevron calcula que o vazamento na Bacia de Campos seja de 2,4 mil barris de petróleo, embora as autoridades do Rio de Janeiro apresentem outro número: 15 mil barris.
A própria companhia foi encarregada de recolher o petróleo que subiu até a superfície. A mancha de petróleo, que praticamente já desapareceu, está localizada a cerca de 120 km do litoral do Rio de Janeiro.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Belo Monte: O Brasil está patrocinando o maior desastre socioambiental do Planeta, artigo de Antonio Germano Gomes Pinto


O governo brasileiro do Partido dos Trabalhadores, esta patrocinando o maior desastre Sócio Ambiental de todos os tempos, a nível mundial, indo contra a opinião quase unânime do povo brasileiro, construindo ao arrepio da lei e da vontade popular, o grupo de usinas intitulado Belo Monte.
Um partido que se diz democrata está atropelando a opinião publica e desrespeitando a Legislação Ambiental Brasileira.
Então vejamos:
Desgaste político com decisões injustificáveis:
a) O Governo baseou sua decisão num EIA-RIMA encomendado pelos futuros empreiteiros que apesar de bastante tendencioso, aponta vários e sérios impactos negativos.
b) Apesar do clamor dos brasileiros que vêm denunciando tão nefasto empreendimento, através da mídia e das audiências públicas, vêm sendo ignorado, simplesmente porque repudia as pretensões duvidosas do Governo defendendo seus obscuros interesses, numa demonstração de prepotência e arrogância;
c) Um painel de quarenta especialistas condena a construção das usinas de Belo Monte, avaliando e analisando o custo benefício da desastrosa empreitada;
d) Usinas só funcionarão quatro meses por ano, no período das cheias;
e) Que se tenha conhecimento, nenhuma ONG ou instituição isenta ou que não tenha interesse econômico sobre o empreendimento Belo Monte defende os “ideais” do Governo;
f) Diria mesmo que nenhum cidadão esclarecido será capaz de aplaudir o conglomerado de usinas Belo Monte!
Destruição do Meio Ambiente:
a) Para execução da obra, haverá a necessidade de uma gigantesca movimentação de terra;
b) Construção de infra estruturas de entorno, vias de acesso, alojamentos, residências, comércio, estações de tratamento de água e esgoto, etc,
c) Além do alagamento natural com destruição das florestas no local da represa, as florestas vicinais também serão destruídas para construção dos prédios e galpões administrativos;
d) O impacto destrutivo na fauna e na flora será incomensurável e irreversível. Muitas espécies deixarão de existir;
e) O clima da região será alterado com tendência à longas e imprevisíveis estiagens porque o verde, a floresta será substituída por um espelho de água. A explicação é simples: Tomemos como exemplo uma folha viva, presa em uma arvore com dez centímetros quadrados. Essa folha recebe do tranco do vegetal onde está presa, sob pressão capilar, água em estado quase molecular em seus dois lados. A evaporação dos dois lados da folha vegetal será maior ou menor, dependendo dos ventos, calor ambiente, pressão do ar e quantidade de seiva (água) fornecida pelo tronco. A superfície evaporativa, no exemplo, será de vinte centímetros quadrados, dos dois lados da folha. Imaginemos a evaporação das florestas com seus milhões de folhas! As folhas criam uma maior intimidade entre o ar e o vapor de água porque a tensão superficial da água deixa de existir, conseqüência do efeito capilar. No espelho de água, o vapor da própria água terá de vencer a tensão superficial antes de se formar, além de ter sua superfície evaporativa muito menor. Tantas vezes menor quanto a quantidade de folhas verdes existentes na floresta. Podemos nos preparar para termos em torno da represa um “deserto ciliar” que irá se expandindo ao longo dos anos.
f) A represa irá cobrir a vegetação, provocando a decomposição anaeróbia da massa verde submersa. A biomassa se decompondo irá liberar para atmosfera o gás metano vinte e uma vezes mais poluidor do que o gás carbônico.
g) A massa de água acumulada pela represa poderá causar, devido ao seu peso, alterações geológicas capazes de induzir tremores e terremotos de terra nos países situados na borda Oeste da Placa Tectônica, como por exemplo, no Chile.
Diante do exposto, ficam as perguntas:
a) O que leva o Governo a praticar tamanha aberração?
b) O que existe realmente por traz desta obra faraônica?
c) Será que nossa Presidente também não estará sendo enganada por nossos “honestíssimos políticos”?
Antonio Germano Gomes Pinto, Engenheiro Químico, Químico Industrial, Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas, Licenciado em Química, Especialista em Recursos Naturais com ênfase em Geologia, Geoquímico, Especialista em Gestão e Tecnologia Ambiental, Perito Ambiental, Auditor Ambiental e autor de duas patentes registradas no INPI, no Merco Sul, na UE, na World Intellectual Property Organization números WO2000/027503 and WO 1996/015081 e em grande número de países.
Registros Profissionais:
Engenheiro Químico – CONFEA 200136654-0 e CREA/RJ 1998103814
Químico Industrial: CRQ 3ª Re. 03302170.
Professor: MEC 19.563.
World Intellectual Property Organization numbers WO2000/027503 and WO 1996/015081

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

As 10 cidades mais preparadas para as mudanças climáticas


Acostumada a publicar artigos sobre sustentabilidade corporativa, a revista canadense Coporate Knights fez um artigo sobre as dez cidades mais resilientes do mundo. E quando ela diz ‘cidade resiliente’, ela se refere àquela que está se empenhando para fazer a transição para uma economia de baixo carbono e ao mesmo tempo se preparando para evitar o pior das mudanças climáticas.
E entre cidades europeias e norte-americanas, encontramos em segundo lugar uma brasileira, Curitiba, que já foi considerada em 2010 a cidade mais sustentável do mundo pelo prêmio Globe Award Sustainable City.
Foi a capital paranaense a primeira do mundo a ter sistema de ônibus de transporte rápido, com veículos biarticulados que circulam por corredores exclusivos e param em estações fixas, além dos chamados ligeirinhos, que também param apenas em pontos determinados.

Para elaborar o ranking, o autor do artigo, Boyd Cohen, usou uma metodologia que considerava somente cidades com mais de 600 mil pessoas e uma série de fatores como comprometimento político, densidade populacional, trânsito, uso de energias renováveis, extensão territorial de parques, emissões de GEE (Gases do Efeito Estufa) e metas de redução e planos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Veja a lista das dez cidades mais preparadas para as mudanças climáticas:
1. Copenhague (Dinamarca)
Não é uma surpresa que a cidade onde quase 40% da população usa a bicicleta como meio de transporte esteja ocupando o primeiro lugar deste ranking. Copenhague foi a única cidade a obter pontuação máxima no quesito “comprometimento político” e, junto com Curitiba, é a cidade com menor emissão de CO2 per capita. Além disso, a capital dinamarquesa está buscando ser a primeira grande capital do mundo a alcançar a neutralidade de carbono (em 2025).

2. Curitiba (Brasil)
“Curitiba é muitas vezes a referência em revitalização urbana sustentável”, diz o ranking. E apesar de ser a cidade entre as dez que menos corre perigo em caso de um aumento do nível do mar, é a que tem o melhor programa de adaptação. Desde a década de 1970, Curitiba tem um plano de prevenção contra inundações por rios das suas proximidades, tendo criado mais de 2.000 hectares de parques ao longo do curso d’água.
3. Barcelona (Espanha)
Apesar de Barcelona ter atualmente um baixo percentual de uso de energias renováveis, se destaca pelo seu empenho em difundir o uso de energia solar. Por meio de regulamentação municipal, estabeleceu que todos os novos edifícios e as reformas devem implementar algum sistema de aquecimento solar, geralmente para a água.
4. Estocolmo (Suécia)
A cidade tem a segunda melhor meta de redução de Gases do Efeito Estufa (GEE), pretendendo ser neutra em carbono até 2050. Destacou-se por um bom comprometimento político e pela quantidade de áreas verdes, ficando atrás de Paris quando avaliada no quesito extensão da rede de transporte por trilhos per capita. Também ganhou pontos pelos mais de 85 km² de parques – o equivalente a 40% da sua área.

5. Vancouver (Canadá)
Possui a maior pontuação entre todas as cidades da América do Norte neste ranking, se esforçando para se tornar a cidade mais verde do mundo até 2020. Além de cerca de 90% de sua energia ser proveniente de fontes renováveis, está investindo em seu próprio sistema de energia. Dois dados também provam que Vancouver está indo pelo caminho certo: tem o maior número de edifícios com certificação LEED entre as cidades da América do Norte e 48% do abastecimento é feito com alimentos produzidos localmente.
6. Paris (França)
A “Cidade da Luz” também está fazendo progressos. Além de ser signatária de uma série de pactos internacionais, Paris foi uma das líderes na categoria plano de adaptação às mudanças climáticas. É uma das únicas cidades do ranking que possui projetos tangíveis, tendo recentemente plantado cerca de 100 mil árvores em 20 mil metros quadrados de jardins.
7. São Francisco (Estados Unidos)
O comprometimento político e a meta agressiva de redução de GEE garantiram uma boa pontuação para São Francisco. A meta é reduzir, até 2050, cerca de 80% dos níveis medidos em 1990. A cidade dos Estados Unidos mais bem classificada também está entre as primeiras a trabalhar para introduzir um programa de expansão do uso de energia solar.

8. Nova York (Estados Unidos)
O prefeito da cidade, Michael Bloomberg, é um forte defensor em tornar a cidade mais sustentável. A extensão da rede de transportes por trilhos e das áreas de parques colocaram a cidade entre as dez mais resilientes.
9. Londres (Inglaterra)
Esta cidade já está acostumada a aparecer em listagens sobre cidades sustentáveis. Sempre se destaca por suas medidas de adaptação, além da criação da “zona de circulação” que levou a uma redução significativa do tráfego. Londres também foi responsável pela segunda maior barreira móvel contra enchentes que protege o centro da cidade das cheias.

10. Tóquio (Japão)
Tóquio, como todas as outras cidades, ainda tem muito a fazer para ter um bom plano de adaptação às mudanças climáticas. O autor sugere que a cidade aumente seus investimentos em energias renováveis e criação de áreas verdes. Mas a única cidade asiática do ranking conquistou o décimo lugar pelo seu forte apoio à iniciativa privada e por seu foco em soluções rentáveis para mitigar as consequências do clima.
E você, o que achou dessa lista? Que outra cidade merecia estar entre as dez mais bem preparadas para as mudanças climáticas?

sábado, 19 de novembro de 2011

Parceria Brasil-Alemanha faz motor a gas de esgoto

Muito em breve, a inovação em combustíveis alternativos virá com tudo para o Brasil. Segundo matéria publicada no G1, um projeto-piloto transforma o gás liberado no processo de tratamento de esgoto em combustível para automóveis com o objetivo de diminuir o consumo de petróleo e reduzir as emissões de dióxido de carbono na atmosfera, mas poderá ser usado para alimentar geradores de energia elétrica, substituindo os que são alimentados com diesel, por exemplo.
Graças a um convênio entre instituições públicas do Brasil e Alemanha, o investimento  do motor a gás de esgoto, estimado em R$ 6 milhões, poderá ser implantado pela Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) na cidade de Franca, no interior da cidade de São Paulo.

A técnica de transformação do biogás de esgoto em combustível já ocorre em outras cidades do mundo e na Alemanha já existe há 15 anos, direcionando o biogás para a produção de energia elétrica, o que será diferente aqui no Brasil.
Uma frota de 49 veículos será abastecida com o novo combustível proveniente do gás de esgoto e que será responsável por uma economia de 1.800 litros de gasolina por dia e redução nas emissões de CO2, sem falar que a substituição representará uma economia de 10% do consumo atual de gasolina e álcool. Anualmente, haverá a redução de aproximadamente 1,5 milhão de toneladas de dióxido de carbono com o reaproveitamento do gás.

Greenpeace lança nova edição do guia dos eletrônicos verdes

O Greenpeace lançou neste mês mais uma versão do “Guia dos Eletrônicos Verdes”, um ranking que avalia o desempenho ambiental das principais empresas de tecnologia do mundo. Apesar da espera de mais de um ano por uma nova edição, o público foi recompensado com um relatório mais rigoroso, com novos critérios de avaliação.
Dividido em três grandes temas – “Energia & Clima”, “Produtos mais verdes” e “Operações Sustentáveis”, o Guia tem como objetivo verificar se as metas ambientais prometidas pelas empresas estão de fato sendo cumpridas. Essas metas estão relacionadas com a redução de emissões de carbono, a retirada de produtos tóxicos dos aparelhos, o uso de energia limpa na produção, o ciclo de vida dos componentes e as práticas de reciclagem adotadas, entre outras.
A 17ª edição avaliou os esforços de 15 marcas. As companhias que tiveram o pior desempenho, com pontuação abaixo de 3 (de um total de 10), foram Lenovo, Panasonic, Sony, Sharp, Acer, LG Eletronics, Toshiba e a RIM (Blackberry), a pior de todas.
A HP foi considerada a empresa mais verde, com 5,9 pontos. Comparado com o último resultado, do ano passado, a HP melhorou três posições, enquanto a Nokia, que liderava o ranking desde 2008, agora está em terceiro lugar. “HP e Dell são as únicas empresas no guia que efetivamente excluíram fornecedores de papel ligados a práticas ilegais de desmatamento. Junto com a Apple, a HP é uma empresa que fica na frente por suas políticas e práticas com minerais”, diz o Guia.
A Apple, fornecedora da Greenstore  de produtos com as maiores características sustentáveis, ganhou destaque por sair da nona posição e ocupar agora o quarto lugar do ranking. Esse grande salto é resultado de melhorias em seus equipamentos e também no empenho em dar destinação correta aos aparelhos que ela produz. Segundo o Greenpeace, a empresa mantém ou participa de programas de reciclagem em 95% dos países onde seus produtos são vendidos. Nos Estados Unidos, quem retorna um aparelho da marca em boas condições para ser usado por outros ganha um cupom promocional que dá desconto na compra de um novo produto da Apple.
Em entrevista ao Guardian, o ativista do Greenpeace, Tom Dowdall , defende que apesar dos resultados “todas as empresas que integram o ranking têm a oportunidade de demonstrar uma maior liderança em reduzir o seu impacto ambiental”. E quem ganha com isso somos nós, consumidores, que temos ao nosso alcance uma ferramenta indispensável para ajudar a escolher com consciência, produtos de empresas que apostam em responsabilidade ambiental!

sábado, 12 de novembro de 2011

Despoluir água com casca de banana?

As toneladas de casca de banana jogadas no lixo pelos brasileiros, ajudando na superlotação dos aterros, podem ter um destino muito mais nobre: a despoluição da água contaminada pelas indústrias por metais pesados. Foi o que descobriu, em sua tese de mestrado, a química paulista Milena Boniolo, que agora procura pequenas empresas dispostas a aplicar a técnica

Pesquisa realizada neste ano, pela Fundação SOS Mata Atlântica, apontou que, atualmente, todos os cursos d’água do Brasil estão poluídos, entre outros resíduos, por conta dos metais pesados jogados na água pelas indústrias do país (saiba mais em: Todos os cursos d'água do país estão poluídos). A situação não é boa e, ironicamente, podemos estar jogando fora, todos os dias, toneladas de um dos resíduos mais promissores no processo de despoluição da água contaminada por efluentes radioativos: a casca da banana.

A descoberta foi feita pela química brasileira Milena Boniolo, especialista em tratamento de águas residuárias, que garante que, além de ser uma alternativa ao desperdício de alimentos no país, o uso da casca da banana para livrar a água de metais pesados é uma das opções mais viáveis e baratas para as indústrias nacionais

Por que a casca da banana pode ser usada na despoluição da água contaminada por efluentes radioativos?
Esta foi uma descoberta que fiz na época em que trabalhava no Ipen - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, da USP. Eu sempre me dediquei ao estudo de soluções que visassem à descontaminação da água, porque me interessava em buscar caminhos para tentar reverter este mal que o próprio homem, e ninguém além dele, está causando ao planeta e que pode ter consequências bem desastrosas. No entanto, todas as soluções que encontrava para o problema da poluição da água por efluentes radioativos - como as nanopartículas, por exemplo - eram caras e, por isso, não via chances de popularizá-las no país. Até que, em um dos meus experimentos, fiz uma farofa de casca de banana e percebi que, ao jogá-la na água, ela atraia para si os metais pesados presentes no recurso. A descoberta me fascinou, tanto que virou tema do meu mestrado, e ao investigar melhor o fenômeno, descobri que a reação química acontecia porque a casca da banana possui moléculas de carga negativa que atraem para si substâncias carregadas positivamente, como os metais pesados.

Mas por que você escolheu a banana como base da sua pesquisa?
Foi uma sucessão de coincidências. Fiquei sabendo a respeito de alguns trabalhos na Índia que utilizavam a palha do arroz - um alimento muito comum no país - para remover o corante da água. Depois disso, comecei a refletir: "O que tem na minha mesa, qual é a comida que não é aproveitada 100% no meu país e que pode ser usada na descontaminação da água?". Foi, então, que assisti na TV a uma reportagem sobre o desperdício de alimentos, com dados de 2008, que dizia que, todos os dias, apenas na Grande São Paulo, quatro toneladas de casca de banana são jogadas no lixo. Era a solução sustentável que eu procurava, porque, além de resolver o problema da contaminação da água por metais pesados, ela agrega valor a algo que consideramos lixo, sem ser, e que ajuda a lotar ainda mais nossos aterros sanitários.

Qual o passo a passo do processo de descontaminação da água com cascas de banana?
O processo é simples. Para potencializar as propriedades da casca da banana é preciso deixá-la exposta ao sol por dias e, em seguida, triturá-la e peneirá-la. A farofa que se forma é colocada na água para atrair para si os metais pesados. O foco do meu estudo foi o urânio, já que entre os objetivos do Ipen estão as pesquisas nucleares, mas a casca de banana também é capaz de atrair da água outros metais pesados que impactam a saúde humana e o meio ambiente, como o cádmio, o níquel e o chumbo

E o que é feito com a farofa de casca de banana após a despoluição da água? O processo gera algum tipo de resíduo?
Todo o metal é indestrutível. Em alguns casos, é possível, apenas, gerar subprodutos a partir dele, mas nunca destruí-lo. O objetivo da minha pesquisa é transferir o metal de lugar. Ao concentrá-lo na casca da banana, consigo tirá-lo da água. Em seguida, faço o processo contrário, chamado de dessorção, que se caracteriza por um banho de ácido, na farofa de banana, para separá-la dos metais pesados. Feito isso, esses elementos podem ser usados em outros processos químicos e a farofa de banana, reutilizada para a mesma função: a descontaminação da água. No entanto, eu ainda não sei quantas vezes ela pode ser usada até perder a função de despoluidora. Esse será o assunto da minha tese de doutorado.

Por enquanto, a sua técnica foi aplicada, apenas, em laboratório. O que falta para aplicá-la em maior escala?
O objetivo da pesquisa não é tratar a água para deixá-la boa para consumo, mas sim ajudar as indústrias a descontaminar o recurso que poluem, antes de devolvê-lo ao meio ambiente, a partir de uma alternativa de baixo custo, bem brasileira, que não se assemelha em nada com as caras tecnologias importadas do exterior para este fim. Por isso, o que falta para aplicar a técnica em grande escala é uma empresa nova, disposta a implantar o processo, que dura cerca de dois anos, desde o início. Por enquanto, todas as indústrias que me procuraram já têm um passivo ambiental, ou seja, já poluem a água e, portanto, começar por elas é inviável, porque já são casos mais extremos e urgentes.

Quais as consequências da água contaminada por metais pesados para a saúde humana?
Os metais pesados são bioacumuladores, o que significa que eles não saem do nosso corpo, quando são ingeridos. Eles, apenas, se acumulam, podendo causar problemas de saúde que vão desde intoxicação e problemas neurológicos até casos de câncer, que podem levar a morte. O caso de alguns metais pesados classificados como biomagnificantes - o mercúrio, por exemplo - é ainda mais grave, porque suas propriedades se potencializam na medida em que vai sendo ingerido por organismos vivos. Isto é, se como um peixe que está contaminado, o mercúrio fará mais mal a mim do que fez a ele, porque quanto maior o nível da cadeia alimentar, pior os estragos que ele faz no organismo. O homem, por estar no topo dessa cadeia, é o mais afetado por esses metais pesados biomagnificantes.

E quais os malefícios que essa água poluída com metais pesados causa ao meio ambiente?
Muitos, mas entre os mais graves estão a perda da biodiversidade e dos serviços ambientais prestados pelos corpos d’água aos seres vivos. Participei de um congresso na Califórnia em que especialistas disseram que, atualmente, 40% dos rios da China já não têm mais nenhuma utilidade ambiental, porque estão contaminados, em um nível irreversível, por metais pesados. Eles são usados para navegação, mas nada além disso, porque, se qualquer ser vivo entrar em contato com essa água, sua saúde corre sérios riscos. Ou seja, os rios chineses são hoje meras paisagens e esse cenário pode se repetir em qualquer país que não der a devida importância à questão da contaminação da água por metais pesados, inclusive no Brasil. 

Avanços em bioenergia

Na FAPESP Week, pesquisadores brasileiros discutiram os recentes avanços científicos e tecnológicos e as perspectivas para a produção sustentável de biocombustíveis no mundo

A Bioenergia foi o tema de uma das sessões do simpósio FAPESP Week, encerrado na quarta-feira (26/10) em Washington, Estados Unidos, na qual pesquisadores brasileiros discutiram os recentes avanços científicos e tecnológicos e as perspectivas para a produção sustentável de biocombustíveis no mundo.

Glaucia Souza, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, apresentou resultados do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), do qual é um dos membros da coordenação. O objetivo do programa, segundo ela, é articular atividades de pesquisa e desenvolvimento em laboratórios e empresas para promover o avanço do conhecimento e sua aplicação na produção sustentável de energia a partir do etanol de cana-de-açúcar.

Em sua apresentação, Souza relatou a estrutura e divisões do programa, além de objetivos e resultados de alguns dos 56 projetos de pesquisa em andamento. A pesquisadora destacou a capacidade e resistência dos atuais cultivares para produção de alimentos e energia a custos compatíveis e o balanço energético positivo e baixa emissão de gases de efeito estufa das atuais variedades de cana.

Uma indústria bem desenvolvida no Brasil, segundo a pesquisadora, beneficia-se da produção de 80 toneladas de cana por hectare plantado, com uma produção de 28 bilhões de litros de etanol em 400 usinas instaladas no país. Souza ressaltou ainda que 47% da matriz energética brasileira é renovável. Em países em desenvolvimento é de 13% e cerca de 8% em países desenvolvidos.

A divisão de biomassa do programa trata da rota tecnológica da produção de biocombustível pela aplicação de técnicas de biologia molecular para aumentar a produtividade da cana. Segundo a professora, da forma como é possível fazer esse trabalho hoje, seriam necessários 12 anos para se chegar a essa variedade de alta produção.

"O que queremos é acelerar esse processo por meio da rota transgênica, usando marcadores moleculares", disse Souza. Os projetos nessa divisão, segundo ela, estudam variedades de cana, fazem o sequenciamento do genoma da cana, e desenvolvem algoritimos para entender a complexidade do processo de geração de novas variedades, entre outros temas.

PERSPECTIVA DA INDÚSTRIACarlos Calmanovici, da ETH Bioenergia destacou o recente acordo firmado com a FAPESP e a criação de um Centro de pesquisa e desenvolvimento na empresa como uma oportunidade de desenvolvimento. A empresa possui duas usinas no Brasil e pretende colocar outras sete em operação para chegar a uma capacidade de produzir tês bilhões de litros de etanol até 14 milhões de litros de etanol até 2013.

Em sua apresentação, Fernanda Gandara, da Synthetic Genomics relatou o trabalho da companhia para desenvolver processos para síntese de produtos de interesse por meio da alteração do genoma de microrganismos.

"Estamos manipulando o genoma de leveduras e alga fotossintética para que elas realizem as funções que desejamos. A partir de fontes diferentes de carbono, como biomassa de plantas ou dióxido de carbono, esses organismos transformam o carbono absorvido em produtos de maior valor agregado, como, produtos químicos, biocombustíveis ou novas fontes de alimentos ou fármacos"

Celular: inimigo do consumo consciente

Seduzidos pelas tecnologias dos novos modelos de celular, trocamos de aparelho com uma rapidez incrível, sem nos dar conta dos impactos que sua fabricação e descarte causam para o meio ambiente e, também, para nossa saúde. Esse é o tema da nova animação do Akatu Mirim
No Brasil, apenas em 2011, mais de 210 milhões de aparelhos celulares foram ativados. O número é maior do que a população inteira do país, que atualmente está em torno de 190 milhões - e o ano ainda nem acabou! -, o que comprova que tem muito brasileiro por aí usando mais de um celular e/ou trocando de modelo mais de uma vez por ano. Será que esse consumo exagerado é mesmo necessário?

Claro que não! O aparelho celular é importante para nos comunicarmos com nossos amigos e familiares quando estamos na rua - e, no caso dos adultos, pode ser um instrumento de trabalho muito útil -, mas não há necessidade alguma de trocar um aparelho que está em perfeito funcionamento por outro modelo mais novo, só porque, entre outros motivos, sua câmera fotográfica tem uma resolução maior, certo?

Este é o tema da nova animação do portal Akatu Mirim*, que pretende alertar todos nós a respeito da importância do consumo consciente de celulares - e, também, de outros aparelhos eletrônicos, como TVs, computadores e videogames.

Isso porque a fabricação desses produtos consome uma porção de recursos naturais - como água, petróleo, cobre e zinco - que, se consumidos em excesso e de forma desnecessária pelo homem, acabarão e farão muita falta aos seres vivos. Além disso, o descarte dos celulares também causa impactos para o meio ambiente e para a nossa saúde: eles ocupam espaço nos aterros sanitários e, ainda, contaminam o solo e a água.

Por isso, é muito importante que você pense bem antes de pedir outro celular aos seus pais. Será que você precisa, mesmo, de um novo aparelho? E, se a compra for realmente inevitável, não deixe de descartar seu celular antigo de forma correta: leve-o a um posto de coleta especializado em sua reciclagem.
 

Variedade africana de rinoceronte é considerada extinta

Uma atualização da chamada lista vermelha das espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) tornou oficial a extinção do rinoceronte-negro-do-oeste (Diceros bicornis longipes).
Essa subespécie de rinoceronte-negro ultimamente só era encontrada em Camarões. No entanto, em 2006, quando se fez a última grande busca pelo animal na natureza, nenhum exemplar foi encontrado e, desde então, jamais se voltou a ver.
Seu primo, o rinoceronte-branco-do-norte (Ceratotherium simum cottoni) também está seriamente em risco, e aparece na categoria “possivelmente extinto na natureza”. O rinoceronte-javanês (Rhinoceros sondaicus) segue pelo mesmo caminho.
Mamíferos em risco – A IUCN monitora o estado de conservação de 61.900 espécies. Ela informa que 25% dos mamíferos do planeta estão ameaçados. Medidas de proteção poderiam salvar as espécies do desaparecimento.
Um exemplo de sucesso desse tipo de iniciativa é o rinoceronte-branco-do-sul (Ceratotherium simum simum), que, graças a políticas de conservação, viu sua população aumentar de menos de 100 animais no fim do século 19, para mais de 20 mil, atualmente.
O cavalo-de-Przewalski (Equus ferus przewalskii), tido como extinto em 1996, já tem uma população de mais de 300 espécimes, graças a um programa de reprodução. (Fonte: Globo Natureza)

domingo, 30 de outubro de 2011

Veja ideias de móveis com pallets

Quatro móveis diferentes mostram que o material pode ser usado de várias maneiras, basta usar a criatividade
As pallets foram adotadas por vários designers e arquitetos para reaproveitamento de madeira. Esse material é usado para o transporte de cargas em feiras e empresas, como suporte para os materiais, que são embalados com plástico, formando grandes cubos de materiais. O formato permite ainda que os produtos possam ser transportados com ajudas de empilhadeiras.
Além disso, as pallets são acessíveis: a maioria dos locais joga elas fora depois do uso. Por isso, basta procurar um pouco em sua cidade para achar um local que utilize esse sistema e pedir pelas peças.
O formato da pallet permite seu uso em diversos modelos de móveis e acessórios. Justamente por já estar parcialmente pronta, esses materiais podem ser usados por qualquer um, precisando somente ser limpo, lixado e pintado. Depois disso, pode ser usado como base para diversos objetos. Confira ideias na lista abaixo:


Basta alguns cortes para transformar uma pallet em prateleira para revistas, livros e outros objetos.
Com rodinhas embaixo, a pallet se transforma em uma pequena mesa de centro. O modelo da foto ainda tem um detalhe em mosaico, feito para cobrir as pequenas frestas do material
  Com uma placa de vidro por cima, a mesa fica mais elegante. Os espaços da entre as madeiras da pallet podem ser usados para armazenar pequenas coisas, que podem inclusive fazer parte da decoração.

Já para o sofá, basta juntar quatro pallets na horizontal e colocar almofadas ou até mesmo um colchão.


Caminhões de lixo são os que mais emitem dióxido de carbono

Estudo realizado com 15,7 mil veículos em todo o Brasil constatou que o transporte de lixo é o que mais emite dióxido de carbono por quilômetro rodado. De acordo com o levantamento feito por uma empresa de gerenciamento de frotas, caminhões de coleta de lixo emitem cerca de 1,24 kg de CO2 por quilômetro rodado. Em segundo lugar, estão os usados pelo setor químico, que emitem, em média, 1,11 kg do gás por km, e em terceiro lugar, as máquinas agrícolas e pesadas, com 1,02. Os que emitem menos são os veículos usados em emergências médicas, com 0,36 kg de CO2 por km, e os do setor de mineração, com 0,34 kg por km.
Rodrigo Somegyi, gerente de inovação e sustentabilidade da EcoFrotas, que realizou o estudo, acredita que a alta emissão de CO2 dos caminhões de lixo esteja mais relacionada com a característica da operação e do uso de diesel do que com a gestão de manutenção dos veículos. “É uma atividade onde muitas vezes o caminhão não passa da segunda marcha, o que gera um consumo elevado. O caminhão anda e para para que o lixeiro recolha o lixo em todos os pontos”, disse Somegyi ao iG.
O sistema de coleta de lixo é feito desta maneira em todo o mundo. “A solução para a questão do lixo é produzir menos resíduo. Porém, o fato de produzir menos lixo, não quer dizer que o caminhão vai parar de coletar. É importante ressaltar que embora o lixo produza metano, outro gás do efeito estufa, a coleta seletiva é uma forma de reduzir esta produção”, disse Gina Rizpah Besen da Faculdade de Saúde Pública da USP. No Brasil a média é de 1 a 1,2 kg de lixo produzido por pessoa a cada dia.
Somengyi afirma que a manutenção dos veículos é uma boa maneira de reduzir gastos e emissões. Ele explica que mantendo os pneus calibrados é possível reduzir o consumo de combustível em 5%, diminuindo também as emissões de CO2.
Ao dirigir 105 quilômetros com a pressão correta dos pneus é possível evitar a emissão de 1 kg de CO2 na atmosfera. Ao percorrer um trajeto a 80 km/h gasta-se 25% menos combustível do que dirigir a mesma distância a 112 km/h.
“Notamos que no segmento de transportes há uma lacuna no processo de monitoramento para gases do efeito estufa. Há medição de gases poluentes mas pouco gerenciamento para os gases do efeito estufa. Mesmo em países desenvolvidos, que precisam elaborar metas de redução das emissões, isto ainda é incipiente”, disse Somengyi.
Os dados do estudo foram conseguidos entre os caminhões das empresas para quem a EcoFrotas presta consultoria. Foram quase 40 segmentos estudados, nos quais foram analisados tipo de combustível, consumo por quilômetro rodado para, então fazer o cálculo das emissões de CO2. (Fonte: Maria Fernanda Ziegler/ Portal iG)

Sudeste Asiático está em perigo pelos efeitos da mudança climática

A intensa urbanização, o pouco planejamento na organização das cidades e a redução da vegetação põem em xeque os países do Sudeste Asiático e do Pacífico, que sofrem com os efeitos da mudança climática, indica uma análise divulgada nesta quarta-feira pela imprensa.
Inundações como as da Tailândia, o lento afundamento da capital das Filipinas e o desaparecimento de inúmeras ilhas do Pacífico pelo aumento do nível do mar são algumas consequências da mudança climática, aponta o estudo da empresa de consultoria Maplecroft.
“O crescimento da população combinado com governos pouco eficientes, corrupção, pobreza e outros fatores socioeconômicos aumentam o risco para a população e os negócios”, afirma o comunicado.
O estudo analisa e mostra em um mapa os países mais vulneráveis às mudanças climáticas, as cidades mais ameaçadas, as zonas econômicas e os perigos para a população mundial.
“O impacto e as consequências de um desastre ambiental grave não só afetam a população e economia locais, mas podem ser de importância mundial, especialmente porque o peso destas economias está aumentando”, explica o analista ambiental da empresa, Charlie Beldon.
A Tailândia, que ocupa o 37º lugar da lista entre os países com maior risco, sofre atualmente as piores inundações dos últimos 50 anos que ameaçam inundar Bangcoc, já causaram 366 mortes e afetam 9 milhões de pessoas.
Um vídeo da ONG tailandesa Roosuflood culpa a destruição do meio ambiente para a construção de parques industriais e áreas residenciais como a causa das inundações, e aponta que o volume das precipitações neste ano não foi muito maior do que nos anos anteriores.
O relatório da Maplecroft afirma que a construção de infraestruturas para expandir as cidades pode dificultar a resposta aos desastres, cada vez mais frequentes.
Conforme o relatório, a capital Manila é “extremamente vulnerável” às mudanças pelo rápido crescimento da população, que deve ganhar mais 2,2 milhões de habitantes entre 2010 e 2020, e por seu elevado risco de sofrer inundações e tempestades.
Pelas estimativas do Instituto de Vulcanologia e Sismologia filipino, algumas áreas de Manila afundaram nos últimos três anos pela exploração exagerada dos aquíferos, o que piora as enchentes que se repetem ao longo da estação das monções.
No início de setembro, o Fórum das Ilhas do Pacífico realizado na Nova Zelândia alertou sobre a situação de vários estados insulares, como Tuvalu, Kiribati e as Ilhas Marshall, que submergem lentamente por causa do aumento do nível do mar.
Os efeitos também podem aparecer em países desenvolvidos, como ocorreu este ano na Austrália com as graves inundações em Brisbane, e na Nova Zelândia, com o terremoto que devastou a cidade de Christchurch.
Outras áreas do planeta, como a África e América do Sul, também são vulneráveis aos efeitos da mudança climática.

domingo, 23 de outubro de 2011

O que é Rio+20?

Em junho, o Brasil sediará a Rio+20, conferência da ONU que reunirá líderes do mundo todo para discutir meios de transformar o planeta em um lugar melhor para se viver. O evento será realizado no Rio de Janeiro, 20 anos depois da Eco92, que teve como protagonista uma menina de apenas 12 anos
Você já deve ter lido na internet ou visto na TV que, em 2012, o Brasil será sede de uma importante conferência da ONU - Organização das Nações Unidas*: a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, apelidada de Rio+20*. Mas você faz ideia do que acontecerá durante esse evento? Do que ele representa para o nosso futuro?

Entre os dias 4 e 6 de junho, líderes dos 193 Estados que fazem parte da ONU, além de representantes de vários setores da Organização, se reunirão para discutir como podemos transformar o planeta em um lugar melhor para viver, inclusive para as futuras gerações. Uma grande responsabilidade, não é mesmo? A ideia da realização dessa Conferência no Brasil foi do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em 2007, fez a proposta para a ONU. E você sabe por que o evento recebeu o nome de Rio+20? Porque a reunião acontecerá no Rio de Janeiro, exatamente 20 anos depois de outra conferência internacional que tinha objetivos muito semelhantes: a Eco92, também promovida pela ONU, na capital fluminense, para debater meios possíveis de desenvolvimento sem desrespeitar o meio ambiente.

O evento rendeu a criação de vários documentos importantes - como a Agenda 21, a Carta da Terra e as Convenções do Clima e da Diversidade Biológica -, além de ter consagrado uma menina de - acredite! -, apenas, 12 anos.

Trata-se da pequena canadense Severn Suzuki, fundadora do movimento Eco - Organização Ambiental das Crianças, que ficou marcada na história da Eco92 ao juntar dinheiro, junto com três amigos - Michelle Quigg, Vanessa Suttie e Morgan Geisler* - para viajar para o Brasil e falar para os mais importantes líderes do planeta, na época. Em um discurso pra lá de emocionante, a menina pediu aos adultos mais respeito pelo mundo que eles deixariam para ela e suas futuras gerações. (Assista ao vídeo da apresentação de Suzuki na Eco92, no final deste texto).

Vinte anos depois, a Rio+20 reunirá os líderes de todo o mundo para fazer um balanço do que foi feito nas últimas duas décadas e discutir novas maneiras de recuperar os estragos que já fizemos no planeta, sem deixar de progredir. Mas pensar em alternativas para diminuir o impacto da humanidade na Terra não é responsabilidade, apenas, dos governantes: é nossa também. Afinal, todas as atitudes que tomamos no dia a dia - do tempo que demoramos para escovar os dentes ao meio de transporte que escolhemos para ir à escola - afetam, de alguma maneira, o planeta e, por consequência, nossa vida.

Por isso, no mesmo período da reunião oficial da Rio+20, o Rio de Janeiro sediará, também, a Cúpula dos Povos: um evento que contará com debates, palestras e uma porção de outras atividades, sobre os mesmos temas da Conferência da ONU, mas que serão promovidos por grupos da sociedade civil - como ONGs e empresas.

A ideia é que todos os setores da sociedade discutam, ao mesmo tempo, maneiras de transformar o planeta em um lugar melhor para vivermos. Afinal, a união faz a força, certo? E até mesmo quem estiver de fora dessas duas reuniões pode ajudar, pensando em maneiras de diminuir seu impacto na Terra. Que tal tomar banhos mais curtos? Ou desligar a TV, enquanto usa o computador e vice-versa? Pense em atitudes que você pode adotar para melhorar o planeta em que vivemos e compartilhe com seus amigos, pais e professores - e, também, aqui, com a gente! Você pode incentivar muitas outras pessoas a fazer o mesmo...

Para se inspirar, assista ao discurso da menina Severn Suzuki, na Eco92
*Você sabia que hoje, quase vinte anos depois da Eco92, três dos quatro fundadores do movimento Eco, que juntaram dinheiro para Suzuki discursar na Conferência, continuam engajados em questões sociais e ambientais? Suzuki é ativista da fundação David Suzuki, criada pelo seu pai, e dá palestras no mundo inteiro sobre sustentabilidade. Morgan Geisler é integrante do Greenpeace e Michelle Quigg é advogada e trabalha na área de imigração, refúgio e justiça social. Legal, né?
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Rio+20: Biodiversidade, Mudanças Climáticas e Crescimento Verde
O que esperar da Rio+20

Produção de energia eólica vai aumentar sete vezes

A economia de escala, pelo fato de haver demanda para a energia eólica, favoreceu a competitividade no setor 

A energia eólica entrou definitivamente na matriz energética brasileira e deve crescer sete vezes em volume nos próximos três anos, saindo dos atuais 1.114 megawatts (MW) para 7.098 MW em 2014. A informação foi divulgada ontem (31) pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, durante a abertura do encontro Brazil Windpower, que prossegue até sexta-feira (2), reunindo técnicos, agentes públicos e empresários do setor.

"O mundo todo está olhando para a questão da energia eólica no Brasil. Nós já temos um gigawatt (GW) instalado e vamos multiplicar por sete, que já estão contratados [em leilões] até 2014. É um crescimento bastante expressivo", disse Tolmasquim.

O presidente da EPE apresentou números que mostram a força do setor no Brasil, principalmente a partir de 2005, ano que marca a escalada do crescimento da produção eólica e a diminuição no preço do MW, que caiu de R$ 300 na época para R$ 99,50 no último leilão este ano.

A expansão vem atraindo grandes empresas estrangeiras. Atualmente, quatro grupos dividem o mercado, mas a previsão é que mais seis indústrias se instalem e comecem a produzir aqui os equipamentos até 2014. Ainda assim, segundo Tolmasquim, o Brasil ocupa apenas o 21º lugar no ranking dos países produtores de energia eólica, que tem a China em primeiro, seguida pelos Estados Unidos, a Alemanha e Espanha.

Para o secretário de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, o sucesso da energia dos ventos explica-se por vários fatores. "A tecnologia evoluiu. As torres hoje são muito mais elevadas, saindo de 50 metros de altura no passado para até 120 metros de altura atualmente. A capacidade unitária dos geradores também aumentou e provocou uma redução de custos.

A economia de escala, pelo fato de haver demanda para a energia eólica, também favoreceu essa competitividade. O Brasil tem hoje vários fabricantes operando em seu território, além de outros que vão se instalar aqui para atender não só o nosso mercado, mas também os clientes do exterior", disse.

O presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Ricardo Simões, previu que o desenvolvimento do setor vai gerar um grande volume de investimentos nos próximos anos. Atualmente o país conta com 57 parques eólicos em produção e tem 30 em construção.

"Isto significa um investimento de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões, e o setor eólico deve chegar em 2014 faturando mais de R$ 3 bilhões por ano. Estamos em um processo de consolidação dessa indústria, com aumento de escala e ganho de competitividade. É um ciclo virtuoso, de uma energia limpa, renovável e sem emissão de gás do efeito estufa", disse Simões.

Segundo ele, há condições para o Brasil chegar nos próximos dez anos a 20 GW de produção de energia eólica. O volume equivale a uma vez e meia a capacidade total de produção da maior hidrelétrica do país, a Usina de Itaipu.

Desperdício de água tratada pode chegar a 50% nas grandes cidades só com vazamentos da rede

Por causa de vazamentos, grande volume de água se perde no Brasil entre a captação e a torneira do consumidor, principalmente nas grandes cidades. De acordo com dados do Atlas do Saneamento 2011, divulgado nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seis em cada dez municípios com mais de 100 mil habitantes apresentam perdas entre 20% e 50% do volume de água captada. Nas cidades com população inferior, a perda fica em torno de 20%.
Segundo Daniela dos Santos Barreto, uma das pesquisadoras do projeto, esse é um problema grave que pode ser ainda maior. “Em tempos de escassez de água, essas perdas são um problema sério, causadas por vários fatores como insuficiência do sistema, redes antigas e sem manutenção adequada, além de furtos de água. Com tudo isso, o volume que se perde é até difícil de ser mensurado pelas operadoras e pode ser ainda maior.
O Atlas revela, ainda, que a água fornecida à população brasileira pela rede geral é obtida, sobretudo, pela captação em poços profundos – como ocorre em 64,1% dos municípios brasileiros – e pela captação superficial (56,7%). A água também pode ser obtida por meio de captação em poço raso ou via adutora de água bruta ou adutora de água tratada provenientes de outro distrito ou município.
Em 2008, em todas as regiões do país, a água disponibilizada à população por meio de rede geral recebeu algum tipo de tratamento. Na Região Norte, entretanto, o avanço alcançado no percentual de água tratada distribuída à população, que passou de 67,6%, em 2000, para 74,3%, em 2008, não foi suficiente para que a região se aproximasse dos índices nacionais porque a quantidade de água que não recebe nenhum tipo de tratamento, 25,6% de toda a água distribuída à população, ainda permanece bem acima dos 7,1% que representam a média nacional.
Nas demais regiões, mais de 90% da água distribuída recebe algum tipo de tratamento. A Região Sul, por sua vez, teve um incremento de 10% no volume de água distribuída à população, porém, não teve um acompanhamento no percentual de água tratada.
O estudo mostra que 78% dos municípios brasileiros investem em melhorias na rede de distribuição de água e a Região Sul é a que apresenta o maior percentual de municípios que se incluem nessa situação (86,4%), de investir em melhorias nesse serviço público. Outra parte do processo de abastecimento que vem recebendo grande investimento por parte da maioria dos municípios (67,8%) é o das ligações prediais.
Além disso, estão sendo feitas, em menor escala, melhorias na captação (49,5% dos municípios); no tratamento (43,7%); na reservação (36,1%) e na adução (19,9% dos municípios brasileiros). (Fonte: Flávia Villela/ Agência Brasil)

Recursos naturais podem ter colapso em 40 anos, dizem especialistas

Uma previsão catastrófica do planeta Terra para os próximos 40 anos foi divulgada , por especialistas da área de clima e saúde reunidos em uma conferência em Londres, no Reino Unido.
Segundo os pesquisadores, recursos naturais da Terra como comida, água e florestas, estão se esgotando em uma velocidade alarmante, causando fome, conflitos sociais, além da extinção de espécies.
Nos próximos anos, o aumento da fome devido à escassez de alimentos causará desnutrição, assim como a falta de água vai deteriorar a higiene pessoal. Foi citado ainda que a poluição deve enfraquecer o sistema imunológico dos humanos e a grande migração de pessoas fugindo de conflitos deverá propagar doenças infecciosas.
Tony McMichael, especialista em saúde da população da Universidade Nacional Australiana, afirmou que em 2050, somente a região denominada África Subsaariana seria responsável por aumentar em 70 milhões o número de mortes.
Outro ponto citado se refere ao aumento dos casos de malária entre 2025 e 2050 devido às alterações climáticas, que tornaria propícia a reprodução do mosquito transmissor da doença. “A mudança climática vai enfraquecer progressivamente o mecanismo de suporte de vida da Terra”, disse McMichael.
Aumento populacional – De acordo com os especialistas, o aumento da população (estimada em 10 bilhões em 2050) vai pressionar ainda mais os recursos globais. Outra questão citada são os efeitos nos países ricos, principalmente nos da Europa.
“O excesso de consumo das nações ricas produziu uma dívida ecológica financeira. O maior risco para a saúde humana é devido ao aumento no uso de combustíveis fósseis, que poderão elevar o risco de doenças do coração, além de câncer”, afirmou Ian Roberts, professor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
Além disso, o Velho Continente estaria sob risco de ondas de calor, enchentes e mais doenças infecciosas para a região norte, disse Sari Kovats, uma das autoras do capítulo sobre a Europa no quinto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que será lançado entre 2013-2014.
Espécies em risco – De acordo com o Paul Pearce-Kelly, curador-sênior da Sociedade Zoológica de Londres, cerca de 37% das 6 mil espécies de anfíbios do mundo podem desaparecer até 2100. Os especialistas afirmam que na história do planeta ocorreram cinco extinções em massa, entretanto, atualmente a taxa de extinção é 10 mil vezes mais rápida do que em qualquer outro período registrado.
“Estamos perdendo três espécies por hora e isso antes dos principais efeitos da mudança do clima”, disse Hugh Montgomery, diretor do Instituto para Saúde Humana e Performance da University College London. (Fonte: G1)

Japão vai realizar caça de baleias no final do ano, apesar dos protestos

O Japão anunciou que vai caçar baleias no Oceano Antártico e neste final de ano vai enviar um navio da Agência de Pesca para escoltar seus baleeiros contra a intervenção prometida por um grupo de conservação.
“A Agência de Pesca irá enviar um barco de patrulha e tomar as medidas para reforçar a proteção aos navios baleeiros na pesquisa”, disse o Ministro das Pescas Michihiko Kano em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, 04.
Na sua reunião anual em julho, a Comissão Internacional da Baleia aprovou uma resolução que convocava os seus países membros a “cooperar para prevenir e reprimir ações que coloquem em risco a vida humana e a propriedade no mar.”
Este ano, o Japão reduziu sua campanha de caça planejada para ocorrer de dezembro a abril em dois meses, após os ativistas anti-caça da Sea Shepherd Conservation Society repetidamente interferir nas operações dos navios baleeiros.
A Sea Shepherd afirma que salvou 800 baleias por suas ações durante a temporada de caça passada. Baleeiros japoneses mataram 171 baleias minke e duas baleias fin durante a caça da Antártida, de acordo com números da Comissão Internacional da Baleia.
Em um comunicado divulgado na sexta-feira passada, a Sea Shepherd prometeu intervir nas operações baleeiras novamente.
“Eles terão que nos matar para nos impedir de intervir mais uma vez. … Nós vamos assumir quaisquer riscos para as nossas vidas necessários para deter esta invasão gananciosa e arrogante sobre o que é um santuário estabelecido para as baleias”, disse o líder da Sea Shepherd, Paul Watson, em um comunicado no site da organização. A Sea Shepherd terá mais de 100 pessoas no Oceano Antártico para bloquear a frota baleeira japonesa, segundo o comunicado.
Kano disse que o Japão quer continuar a caça de pesquisa com o objetivo de estabelecer que os estoques de baleias são suficientes para retomar a caça comercial completamente no futuro, de acordo com relatos da mídia japonesa.
A Sea Shepherd afirma que a caça de pesquisa é uma farsa, com a carne da caça que está sendo vendida aos consumidores e servidas em restaurantes.
O governo da Austrália condenou a decisão do Japão de retomar sua caça de pesquisa e seus planos para o futuro da caça comercial.
“O governo australiano continua se opondo a toda caça comercial de baleias, incluindo a chamada ‘caça científica’. Vamos continuar trabalhando para alcançar um fim permanente a toda a caça comercial de baleias”, disse o Ministro do Meio Ambiente, Tony Burke, em um comunicado.
“A Austrália acredita que a atividade baleeira do Japão é contrária ao direito internacional e deve terminar”, disse o procurador-geral australiano, Robert McClelland.
“É por isso que a Austrália está levando este caso ao Tribunal Internacional de Justiça para colocar um fim na atividade baleeira do Oceano Austral permanentemente”.
O Japão também caça baleias no Pacífico Norte, matando 100 baleias sei, 50 baleias Bryde, 119 baleias minke e três cachalotes na última temporada, de acordo com a Comissão Internacional da Baleia.
A Islândia e a Noruega também realizam caça de baleias. A caça de baleias aborígene é permitida no território dinamarquês da Groenlândia, nos Estados Unidos, Rússia, e São Vicente e Granadinas.

domingo, 16 de outubro de 2011

Ministério do Meio Ambiente lança campanha de coleta de lixo eletrônico

Desde quarta-feira (12) até o próximo dia 26, as populações de Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e do Rio de Janeiro poderão descartar de forma correta o lixo eletrônico, como celulares e computadores obsoletos e estragados. A coleta do material faz parte da estratégia de consumo sustentável desenvolvida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). A expectativa do ministério é que sejam coletadas 50 toneladas de lixo eletrônico nestes 15 dias.
“Temos que conscientizar os consumidores que há lugar [adequado] para o lixo eletrônico”, disse nesta terça-feira (11) a gerente de Consumo Sustentável do Departamento de Produção e Consumo Sustentável do MMA, Fernando Daltro. Segundo ela, o lixo coletado durante a campanha será reciclado ou descartado por empresas de reciclagem.
A campanha será desenvolvida por meio de parceria do MMA com companhias de metrô de Brasília, São Paulo, do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte, o Carrefour, a Phillips do Brasil, a Oxil – empresa que atua no mercado de reciclados desde 1988 – e a Descarte Certo. Neste ano, o ministério instituiu outubro como o Mês do Consumo Sustentável.
Em Brasília, a população poderá descartar o lixo eletrônico em um coletor da Estação Galeria dos Estados do metrô, no Setor Comercial Sul. Em São Paulo, o posto de coleta ficará na Estação Tucuruvi, na Linha 1 Azul. No Rio, o material poderá ser deixado na Estação Carioca e em Belo Horizonte, na Estação Eldorado.
O Brasil consome por ano, segundo o MMA, mais de 120 milhões de eletroeletrônicos. Pelo menos 500 milhões de produtos se encontram sem uso nas casas dos brasileiros. Esses produtos contêm mercúrio, chumbo, fósforo e cádmio – substâncias podem contaminar o ar, a água e o solo. Por isso, o ministério que conscientizar a população sobre a necessidade de descartar de forma correta o lixo eletrônico. (Fonte: Agência Brasil)

Mais de 50% dos resíduos sólidos produzidos no país têm destinação correta, mas 4 mil municípios ainda usam lixões

O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Nabil Bonduki, defendeu nesta segunda-feira (10) o empenho dos municípios de todo o país para que ao Brasil possa cumprir até 2014 a lei que determina o fim dos lixões e adoção dos aterros sanitários. Segundo ele, 58% dos resíduos sólidos produzidos no país já têm destinação adequada. No entanto, cerca de 4 mil municípios, responsáveis pela produção dos outros 42%, ainda despejam em lixões os materiais descartados pela população.
Apesar do número expressivo, Bonduki espera que nos próximos meses haja uma melhoria significativa do sistema de manejo dos recicláveis. De acordo com ele, 800 municípios estão elaborando projetos com essa finalidade, o que deve elevar para 80% o total de resíduos com destinação adequada.
“Os 20% restante terão que atuar em uma força-tarefa para que possam alcançar bons resultados. Os municípios de pequeno porte devem se mobilizar, elaborar planos de maneira intermunicipal para que possamos atingir a meta”,disse ele, após participar, nesta segunda-feira, da abertura da audiência pública sobre sobre o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
A audiência, que termina nesta terça-feira (11), é a terceira que trata do tema e objetiva coletar sugestões para a nova política do setor. Nos dias 13 e 14 de setembro, o assunto foi debatido em Mato Grosso do Sul, com participação de representantes de Goiás, Mato Grosso e do Distrito Federal.
Nos dias 4 e 5 deste mês, houve audiência em Curitiba. Os próximos encontros ocorrerão em Recife, nos próximos dias 13 e 14, e em Belém, nos dias 18 e 19 deste mês. O último debate público será nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, em Brasília. Depois disso, a presidenta Dilma Rousseff deverá assinar decreto regulamentando o Plano Nacional de Resíduos Sólidos.
Segundo Bonduki, o estado de São Paulo produz um quarto dos resíduos sólidos do país. Apesar disso, SP é a unidade da Federação que tem maior cobertura de aterros sanitários, devido ao seu poder econômico. No entanto, assinalou o secretário, ainda falta “cumprir a segunda parte da lição que é a coleta seletiva”
Além da destinação adequada de resíduos sólidos urbanos, outros temas estão sendo discutidos nas audiências públicas. Entre ele, as políticas de inclusão dos catadores de materiais recicláveis, os resíduos de serviços de saúde, portos, aeroportos e terminais rodoviários, os resíduos industriais, os resíduos de mineração, os resíduos agrossilvopastoris e os resíduos da construção civil. (Fonte: Marli Moreira/ Agência Brasil)

Japão vai realizar caça de baleias no final do ano, apesar dos protestos

O Japão anunciou que vai caçar baleias no Oceano Antártico e neste final de ano vai enviar um navio da Agência de Pesca para escoltar seus baleeiros contra a intervenção prometida por um grupo de conservação.
“A Agência de Pesca irá enviar um barco de patrulha e tomar as medidas para reforçar a proteção aos navios baleeiros na pesquisa”, disse o Ministro das Pescas Michihiko Kano em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, 04.
Na sua reunião anual em julho, a Comissão Internacional da Baleia aprovou uma resolução que convocava os seus países membros a “cooperar para prevenir e reprimir ações que coloquem em risco a vida humana e a propriedade no mar.”
Este ano, o Japão reduziu sua campanha de caça planejada para ocorrer de dezembro a abril em dois meses, após os ativistas anti-caça da Sea Shepherd Conservation Society repetidamente interferir nas operações dos navios baleeiros.
A Sea Shepherd afirma que salvou 800 baleias por suas ações durante a temporada de caça passada. Baleeiros japoneses mataram 171 baleias minke e duas baleias fin durante a caça da Antártida, de acordo com números da Comissão Internacional da Baleia.
Em um comunicado divulgado na sexta-feira passada, a Sea Shepherd prometeu intervir nas operações baleeiras novamente.
“Eles terão que nos matar para nos impedir de intervir mais uma vez. … Nós vamos assumir quaisquer riscos para as nossas vidas necessários para deter esta invasão gananciosa e arrogante sobre o que é um santuário estabelecido para as baleias”, disse o líder da Sea Shepherd, Paul Watson, em um comunicado no site da organização. A Sea Shepherd terá mais de 100 pessoas no Oceano Antártico para bloquear a frota baleeira japonesa, segundo o comunicado.
Kano disse que o Japão quer continuar a caça de pesquisa com o objetivo de estabelecer que os estoques de baleias são suficientes para retomar a caça comercial completamente no futuro, de acordo com relatos da mídia japonesa.
A Sea Shepherd afirma que a caça de pesquisa é uma farsa, com a carne da caça que está sendo vendida aos consumidores e servidas em restaurantes.
O governo da Austrália condenou a decisão do Japão de retomar sua caça de pesquisa e seus planos para o futuro da caça comercial.
“O governo australiano continua se opondo a toda caça comercial de baleias, incluindo a chamada ‘caça científica’. Vamos continuar trabalhando para alcançar um fim permanente a toda a caça comercial de baleias”, disse o Ministro do Meio Ambiente, Tony Burke, em um comunicado.
“A Austrália acredita que a atividade baleeira do Japão é contrária ao direito internacional e deve terminar”, disse o procurador-geral australiano, Robert McClelland.
“É por isso que a Austrália está levando este caso ao Tribunal Internacional de Justiça para colocar um fim na atividade baleeira do Oceano Austral permanentemente”.
O Japão também caça baleias no Pacífico Norte, matando 100 baleias sei, 50 baleias Bryde, 119 baleias minke e três cachalotes na última temporada, de acordo com a Comissão Internacional da Baleia.
A Islândia e a Noruega também realizam caça de baleias. A caça de baleias aborígene é permitida no território dinamarquês da Groenlândia, nos Estados Unidos, Rússia, e São Vicente e Granadinas.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Reciclando Cds na ginástica

Ideia de designer ajuda a sua saúde e o meio ambiente

Cds antigos espalhados pela casa ou que iriam para o lixo podem ter um novo destino, segundo o designer Seung-il Kim. Principalmente para mulheres, que usam pesos mais leves, esses pesinhos podem ser uma boa ideia.
Cada parte tem a capacidade de vinte Cds, um total de 0,3 kg tendo 15g por unidade. As partes desse protótipo ainda podem ser acopladas.



Grupo Pão de Açúcar lança programa de logística reversa de lixo eletrônico


Empresa faz parceria com ABRELPE e irá encaminhar os materiais recolhidos para reciclagem

O Grupo Pão de Açúcar e a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) fecharam uma parceria para implementar ações de logística reversa de resíduos e equipamentos eletrônicos

Serão ações permanentes e itinerantes que recolhem resíduos desse tipo e encaminham para a reciclagem e reaproveitamentos corretos. A iniciativa entra em operação a partir de outubro em quatro lojas de São Paulo capital, além de projetos itinerantes no resto do estado. Até 2014, a ação será implementada em todas as cidades sede da Copa do Mundo, com estimativa de até 20 pontos fixos e outras ações itinerantes pelo país.
Entre os aparelhos que poderão ser encaminhados para a iniciativa estão televisores, videocassetes, aparelhos de DVD, computadores, celulares, impressoras, câmeras digitais, mp3 players e outros.

Carregador público de celular alimentado por energia solar

Estudantes da Universidade de Belgrado, Sérvia, desenvolveram o primeiro carregador público que usa a energia solar. Ele estoca energia por cerca de um mês, para quando houver períodos de pouca luminosidade.
Chamado de Strawberry Tree (árvore de morango), o projeto teve seu primeiro modelo instalado em Obrenovac e, nos primeiros 40 dias, foi utilizado mais de 10 mil vezes. Foram três anos de estudo antes da implementação, que leva entre 10 e 15 minutos para carregar cada celular.

O Straberry Tree foi premiado na Bélgica no Sustainable Energy Europe Awards, na categoria consumo. O plano é instalar mais três carregadores públicos na cidade nos próximos meses. (Foto: Divulgação)

Sola de sapato gera energia durante caminhadas

Uma equipe de pesquisadores da Universidade do Wisconsin–Madison desenvolveu um dispositivo que pode gerar até 2 watts de eletricidade utilizável a partir de movimentos feitos durante uma caminhada.


A eletricidade gerada pode ser usada diretamente por dispositivos móveis através de uma conexão física. O protótipo que poderá ser encaixado num sapato produz energia capaz de recarregar a bateria de um celular padrão ao longo de uma caminhada de duas horas. A previsão do uso comercial do dispositivo é de dois anos.