sábado, 26 de maio de 2012

Dilma veta 12 artigos do novo Codigo Florestal

Foi confirmado hoje à tarde o veto parcial da presidente Dilma Rousseff ao texto do novo Código Florestal. A presidente vetou 12 artigos dos 84 formulados no texto aprovado no mês passado pela Câmara dos Deputados. Dilma excluiu trechos que abriam margem para a anistia de desmatadores irregulares, como o trecho que isentava de punição aqueles que desmataram depois de julho de 2008.

Para impedir vácuos legais decorrentes do corte de artigos, o governo fará ajustes por meio de uma medida provisória. No total foram 32 modificações no texto original, com cinco novos artigos e 13 adequações de conteúdo. A medida seguirá para a Câmara.
O veto foi divulgado em pronunciamento oficial pelos ministros Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, Gilberto José Vargas, do Desenvolvimento Agrário e Mendes Ribeiro Filho, da Agricultura.
O Código Florestal regulamenta a forma como a terra pode ser explorada, estabelecendo onde a vegetação nativa deve ser mantida e onde pode haver diferentes tipos de produção rural. O Código que está em vigor atualmente é de 1965, com modificações inseridas ao longo do tempo. Por isso, houve a proposta de uma adequação à atual realidade do Brasil com objetivo também de proteger a vegetação ainda existente freando desmatamentos. Os debates sobre a necessidade de um novo código foram iniciados no ano de 1999.
O “Veta, Dilma”, tomou as redes sociais e teve adeptos como a atriz Camila Pitanga, que fez uma quebra de protocolo em cerimônia oficial para fazer, sob aplausos, o pedido diretamente à presidente Dilma Rousseff.
Você acha que estavam certos aqueles que defenderam os vetos no Código Florestal? Algo mais deveria ter sido vetado?

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Seleções jogarão a Euro 2012 com camisas de garrafas PET

Um dos mais importantes campeonatos de seleções de futebol mundial está prestes a começar. A Eurocopa, que neste ano será disputada conjuntamente na Ucrânia e na Polônia, terá o seu pontapé inicial no dia 8 de junho e dentro de campo terá camisas feitas com garrafas pet recicladas. As camisas são produzidas pela Nike, que fornece material esportivo para de 5 das 16 seleções da competição.

Além de eco-friendly, confeccionadas com 96% de material reciclado, as camisas são mais leves que os modelos anteriores. Para fabricar cada camisa são necessárias em torno de 13 garrafas.
A iniciativa só é novidade para a disputa do campeonato europeu de seleções. Em 2010, todas as seleções que vestiam a marca, inclusive a seleção brasileira, usaram uniformes similares. O tecido é do tipo Dri-fit, que facilita a evaporação do suor do atleta, deixando a atividade mais confortável.

As camisas das seleções de Portugal, Croácia, França, Holanda e Polônia já podem ser adquiridas pelos torcedores, que constatarão que o tecido de garrafas pet é muito confortável e resistente.

Veja abaixo o vídeo que mostra o processo de fabricação da camisa da seleção holandesa:

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Garrafa que vira bicicleta!

garrafa que vira bicicleta!

Você aí que tá pensando em comprar uma bike novinha pra curtir o verão, esse post é pra você! Mas a notícia deixou a gente tão orgulhosa que é pra todo mundo ler!
Saiu agorinha a primeiríssima bicicleta feita de material reciclado! A parte confeccionada de garrafas PET, embalagens de shampoo e peças de geladeira é o quadro – peça que fica entre as rodas. E a parte mais legal: é criação do Brasil!

O artista plástico Juan Muzzi passou 12 anos (!) estudando a fabricação do modelo, bancando tudo do próprio bolso. Resultado: o cara tem a primeira patente de bike reciclável do mundo!

Ele conta que “a bicicleta é mais resistente, flexível e barata porque o plástico não enferruja e a fabricação transforma resíduos em um novo produto”.
Ele ainda diz que leva 2 minutos pra fazer uma peça, e 200 garrafas pet. Ano que vem, Juan pretende lançar uma cadeira de rodas feita da mesma maneira, que vai ser doada pra quem levar o material. Bacana demais :)

Pra conseguir a sua é só entrar no site da Muzzi Cycles e encomendar! Custa R$250, aí é só customizar e colocar o resto das peças pra montar a bike!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Imagens revelam obras da usina Belo Monte

O Greenpeace divulgou recentemente fotos aéreas dos territórios que foram escolhidos para receber a hidrelétrica de Belo Monte. As fotos evidenciam que a vegetação de diversos trechos já foi removida, com máquinas trabalhando a todo o vapor. As imagens impressionam, mas mesmo parecendo ser o registro de grandes áreas, as fotos representam apenas um pequeno percentual de todo o espaço que será atingido pelo empreendimento.

A construção ocupará parte do território dos municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu, todos na região amazônica do estado do Pará, alagando uma área de aproximadamente 516 km², dimensões que superam as de cidades como Belo Horizonte e Porto Alegre.
O empreendimento é um dos maiores e mais polêmicos do governo federal. O custo-benefício da obra é questionado por muitos especialistas, em função da grande devastação ambiental que o empreendimento promoverá, apesar de a companhia responsável colocar que 60% da área ocupada por Belo Monte é constituída por pastagens e territórios destinados à agricultura.

De acordo com o Greenpeace, aproximadamente 40 mil pessoas correm o risco de desalojamento, além de outras 120 mil que poderão ser atingidas de forma direta e indireta pelo empreendimento.

A Norte Energia, empresa responsável pela obra, projeta que o custo final pode chegar a R$ 30 bilhões, valor próximo dos R$ 33,3 bilhões previstos pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para o ano de 2012 para a área da educação.
O Projeto Básico Ambiental (PBA) foi concebido nos moldes da licença concedida pelo Ibama. A empresa afirma ainda que o projeto não trará danos aos territórios indígenas e que serão investidos R$ 3,2 bilhões em ações socioambientais na região, beneficiando a população local com melhorias estruturais significativas.

Com o potencial hídrico do nosso país, que é um dos que conta com a maior quantidade de rios caudalosos no mundo, é natural que uma obra desse porte passe por questionamentos, sobretudo quando é colocado que a média de energia gerada ficará abaixo da metade do potencial total do empreendimento. As imagens de Belo Monte trazem à tona o projeto e permite novas reflexões sobre o tema por parte da sociedade civil.

Estádios Sustentáveis

Uma Copa do Mundo prevê gastos exorbitantes com propaganda, patrocínios, estruturação, entre outros. E agora o mais novo investimento será com a sustentabilidade dos estádios de futebol - a FIFA pede para que as novas construções tenham preocupação ecológica.
Com os avanços tecnológicos da engenharia civil e da arquitetura os estádios estão cada vez mais inteligentes, confortáveis e luxuosos. Mas além de se preocupar com isso os projetistas e engenheiros terão que se esforçar para obter o selo LEED de sustentabilidade, um sistema de certificação norte americana dado apenas às construções que cumprem alguns critérios sustentáveis. Esse selo ainda não criou especificações para construções como estádios mas prevê que as estruturas devem apresentar soluções para a economia de recursos naturais, como água e luz, que é o que a FIFA quer que os estádios da Copa do Mundo apresentem.
Selo Leed de Sustentabilidade
Esses estádios “verdes” são um dos Green Goals da FIFA, lista de objetivos ecológicos que a Federação pretende alcançar e que surgiu durante os preparativos para a Copa da Alemanha. Os estádios que conseguirem essa distinção custam7% mais caro, mas em compensação economizam 30% em energia, 50% no consumo de água e emitem 35% menos gás carbônico.
E quais são as medidas sustentáveis dos estádios?
Luz – São utlizados painéis de captação de luz solar, os chamados painéis LED, que, por meio da luz emitida pelo sol, geram energia elétrica. Outra alternativa é a energia eólica. Essas medidas de economia de energia são importantes pois a manutenção de um estádio demanda muita energia.


Água – Sistemas coletores de chuva guardam a água recolhida em grandes locais de armazenamento para que ela possa ser reutilizada nos banheiros, chuveiros, lavagens e até mesmo na irrigação de plantas.




Estrutura - O local aonde o estádio vai ser construído deve ser pensado de forma a economizar em materiais de construção. Terrenos em declive, por exemplo, necessitam de muito mais material do que terrenos planos. A localização também é importante – quanto mais central, melhor, já que um local de fácil acesso significa mais pessoas indo a pé e de bicicleta do que de carro, o que diminui a poluição do ar e ainda ajuda o trânsito. Outra medida é o plantio de árvores e outras plantas em volta do estádio, para compensar a emissão de gás carbono.

Os que já mudaram...
Alguns estádios ao redor do mundo já apresentam mudanças.  O World Games Stadium em Taiwan, por exemplo, instalou placas solares que suprem toda a demanda do estádio por energia elétrica. Quando não está funcionando consegue fornecer energia a quase 80% das casas do bairro. Na Alemanha o Allianz Arena investiu em telhados de um plástico transparente chamado EFTE, que é 10% mais eficiente do que o vidro na passagem de luz solar. Aberturas nas paredes do estádio foi a solução utilizada pelo ANZ Stadium, na Austrália, para melhorar a ventilação natural e minimizar os gastos com ar-condicionado. O Ethiad Stadium, na Australia, e o National Park (estádio de beisebol) nos EUA já utilizam sistemas de reuso e tratamento da água da chuva.
Na África do Sul, o estádio da Cidade do Cabo é um exemplo do reaproveitamento de lixo – 95% do aço, plástico, madeira e concreto utilizados foram reaproveitados do estádio que ocupava o local anteriormente,
...e os que ainda vão mudar
A Copa do Mundo de 2014 no Brasil será um mundial marcado pela sustentabilidade. Pelo menos cinco dos 12 projetos de estádios que serão construídos apresentam medidas sustentáveis.
O projeto do novo Mané Garrincha, em Brasília, criado pelos arquitetos Ícaro de Castro Mello e Eduardo Castro Mello, possui alguns aspectos sustentáveis. De acordo com Eduardo, as arquibancadas e estruturas foram planejadas para uma boa circulação eólica e é prevista a captação de água da chuva para reutilização. Painéis fotovoltaicos (captação da luz solar) também devem ser utilizados para a iluminação do edifício. Esse projeto ainda não foi aprovado. Outro exemplo é o Beira-Rio, em Porto Alegre, que prevê coleta e reutilização da água da chuva, ciclovias, ancoradouros de barcos e pisos permeáveis.