terça-feira, 30 de outubro de 2012

Guardiães da Enseada começam a transmitir ao vivo matança de golfinhos em Taiji

28 outubro 2012
Comentário por Omar Todd
Livestream filmagem das canetas de cativeiro. Foto de arquivo
As batalhas que lutamos sempre tem mais de uma frente. Somos primeiramente uma agressiva e não-violenta organização de ação direta. Uma das maiores ferramentas da Sea Shepherd tem sido muitas vezes a câmera, mesmo antes dos surgimento das mídias sociais. A câmera pode capturar as emoções cruas, sentimentos e ações em detalhes, que a mídia social não pode. Pode ser de uma precisão cirúrgica mostrar um momento particular ou uma atrocidade. Isto é intensificado quando o espectador percebe que o que está vendo de fato está acontecendo no momento em que se vê. A câmera captura momentos que poderiam ser perdidos ou muito facilmente ignorados por aqueles que preferem fingir que esta matança trágica não acontece.
Um homem em particular esteve lá com sua câmera desde o início, e é possivelmente o mais antigo veterano tripulante, além do próprio Capitão Watson. Peter J. Brown começou como cinegrafista para a CNN em uma das primeiras campanhas da Sea Shepherd e se envolveu com a Sea Shepherd, de uma forma ou de outra, desde então. O documentário “Confissões de um Eco-Terrorista”, que consiste em filmagens cuidadosamente tomadas ao longo de um período de 35 anos em campanhas da Sea Shepherd, é a coroa do seu trabalho até agora.
O mais recente projecto de Peter, EZEARTH.TV, está provando ter o potencial de levar a nossa mensagem diretamente para uma audiência global. Esta tecnologia, que está na vanguarda da alta definição de transmissão de vídeo sob demanda, está sendo testada por nossos Guardiães da Enseada em Taiji, no Japão, para transmitir os eventos enquanto eles acontecem. Durante a primeira tentativa, em seu pico, chegamos a mais de 7.000 entradas ao vivo de todas as partes do mundo, e tivemos mais de 70.000 acessos ao site: http://taiji.ezearth.tv/. Nós o consideramos como um sucesso retumbante.
A tecnologia é inovadora, e com uma excelente equipe de técnicos que contribuíram, que oferecem seu tempo, incluindo: Todd Sauve, do Sauve Designs, Ranjit Sivaprakasam, do Digital Stream Incorporated, Omar Todd , nosso voluntário líder da direção técnica e associados. Acreditamos que esta tecnologia, sendo usada com mais freqüência por nossas equipes ao redor do mundo, vai se tornar uma ferramenta poderosa para mostrar ao mundo, em tempo real, o que está acontecendo em determinados locais usando telefones celulares, iPads e outras tecnologias que estão prontamente disponíveis.
Talvez, no futuro próximo, haverá também transmissão ao vivo de nossos navios, ou de helicópteros. Quando a tecnologia melhorar, todas as opções serão investigadas.
Podemos esperar que o espectador tire sua própria conclusão. Como o Capitão Watson disse: “Se você é um ser decente, você não andará na rua e deixará alguém ser assassinado sem tentar evitar isso”, e com esse espírito, esperamos que esta tecnologia nova e inovadora nos ajude em nosso esforço para livrar o mundo desses assassinatos horrendos infligidos sobre as baleias, golfinhos, tubarões, focas e toda a vida marinha.
Acesse a transmissão ao vivo de Taiji, onde a nossa campanha Operação Paciência Infinita está em andamento, e os nossos incríveis Guardiães da Enseada estão trazendo o horror da matança de golfinhos para o mundo.
http://taiji.ezearth.tv/
Carne de golfinho sendo processada. Foto: Sea Shepherd
Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Baleeiros japoneses confirmam eficácia da Sea Shepherd

Baleeiros japoneses confirmam eficácia da Sea Shepherd

4 outubro 2012
Nisshin Maru sendo reparado no porto. Foto: Sea Shepherd
O New York Times informou em 02 de outubro que o Instituto de Pesquisa de Cetáceos, a operação estatal que gerencia a frota baleeira japonesa, confirmou que a Sea Shepherd Conservation Society custou aos baleeiros US$ 20,5 milhões em perdas na temporada de caça às baleias 2010-2011, no Santuário de Baleias do Oceano Austral.
Na última temporada, vimos os baleeiros alcançando apenas 26% de sua cota de matança. Na temporada anterior, os baleeiros conseguiram apenas 17%, devido à interferência da Sea Shepherd. A Sea Shepherd sofreu uma desvantagem de ter que reparar o navio Brigitte Bardot, danificado no início da campanha por uma onda gigantesca.
Em resposta ao artigo do New York Times, o Capitão Paul Watson declarou: “Eu acredito que isso confirma a nossa eficácia em interromper as operações baleeiras e realmente salvar as baleias. Os números falam por si”. O Capitão Watson continuou: ” Temos sido muito bem sucedidos na busca de nossos dois objetivos principais: primeiro, salvar as vidas de quantas baleias for possível, e segundo, afundar a frota baleeira japonesa economicamente”.
Na última temporada, vimos os baleeiros afundar ainda mais em dívidas, pois continuam a operar exclusivamente com subsídios governamentais maciços, incluindo cerca de 30 milhões de dólares do fundo japonês de socorro ao tsunami.
A realidade é que a frota baleeira japonesa está em um estado difícil de operações. O navio-fábrica Nisshin Maru necessita de reparos caros. Para retornar ao Oceano Antártico, os baleeiros vão precisar de outro enorme subsídio do governo.
É por esta razão que o Japão tomou medidas extremas para impedir o trabalho eficaz do Capitão Paul Watson e da Sea Shepherd, através de alegações fabricadas. A posição dos baleeiros é que se puderem remover o Capitão Watson, eles serão capazes de encerrar as operações da Sea Shepherd.
No entanto, a frota da Sea Shepherd é agora mais forte do que nunca, com quatro navios anti-baleeiros prontos para intervir nas operações baleeiras ilegais dos japoneses em dezembro, com a Operação Tolerância Zero.
O capitão Peter Hammarstedt falou sobre a Operação Tolerância Zero: “Nosso objetivo é levar a zero a cota de caça à baleia nesta temporada, e estamos agora em posição de fazer isso. Acreditamos que, se conseguirmos atingir zero mortes, podemos expulsar os baleeiros do Santuário de Baleias do Oceano Austral”.
Link para o artigo do The New York Times (em inglês).
O Bob Barker se move para a posição atrás do navio-fábrica baleeiro fábrica, Nisshin Maru, para bloquear a transferência de baleias a partir do navio arpoador. Foto: Sam Sielen / Sea Shepherd
As tripulações dos botes da Sea Shepherd distraem o navio arpoador, Yushin Maru 3, de caçar baleias. Foto: Billy Danger / Sea Shepherd

Estudo mostra que litoral do país perdeu 80% de recifes de corais em 50 anos

Fonte: Folha.com
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O litoral brasileiro perdeu cerca de 80% de seus recifes de corais nos últimos 50 anos devido à extração e à poluição doméstica e industrial, segundo um relatório divulgado neste domingo (23/09/2012). O estudo aponta ainda que o que restou está ameaçado pelos efeitos da mudança climática.
O estudo “Monitoramento de recifes de corais no Brasil”, elaborado pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e pelo Ministério do Meio Ambiente, que começou em 2002 e terminou no ano passado, foi coordenado pela professora Beatrice Padovani, do Departamento de Oceanografia.
O documento, que será apresentado amanhã no Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, realizado em Natal, constata a presença de corais desde a costa nordeste do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia, se espalhando por cerca de dois mil quilômetros do litoral.
As conclusões do estudo, que se baseiam em pesquisas realizadas anteriormente, revelam que em cinco décadas houve uma redução de 80% dos recifes de coral por diferentes causas, entre elas a extração, a poluição, a pesca pedratória e o aumento da temperatura dos mares.
“Até a década de 1980, houve muita extração de corais para fabricação de cal no país. Essa remoção era feita com picaretas ou explosivos. Só houve uma redução após a criação de leis específicas”, relatou Beatrice.
Além disso, o relatório destaca a mudança climática, o aumento da temperatura dos oceanos e a frequência mais elevada de fenômenos como “El Niño”, que aquece a superfície do Pacífico.
“Em 2012, é provável a ocorrência de um novo El Niño. Os recifes que vão sofrer mais serão aqueles em pior estado de conservação, afetados pela poluição, e que podem ser afetados por doenças”, alertou a especialista.