Ativistas vestidos de baleias aguardam acorrentados na entrada do prédio da OGX por uma resposta de Eike Batista. Greenpeace Alexandre Cappi
A recém-anunciada aliança entre a empresa de energia alemã E.ON e a brasileira MPX – um dos tantos empreendimentos do empresário Eike Batista – será forjada à energia suja. É o que conta o jornal Folha de S.Paulo em sua edição de hoje (só para assinantes).
Essa parceria tornará a MPX a maior empresa privada de energia do país e lhe possibilitará produzir 20 mil megawatts – 20% do que é gerado hoje em território nacional. Segundo o jornal, 11 mil megawatts de projetos existentes, que farão parte dessa joint-venture, têm a queima do carvão como base.
Combustíveis fósseis e não-renováveis como o petróleo e o carvão são considerados os grandes vilões do clima, já que sua utilização despeja milhões de toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano.
Negócios como esse colocam em xeque o discurso de sustentabilidade das empresas de Eike Batista e provocam temor de ambientalistas no Brasil. O país possui um grande potencial para desenvolver a geração de energia a partir dos ventos, dos raios solares, biomassa e resíduos sólidos.
Veja aqui o relatório Revolução Energética, produzido pelo Greenpeace, que mostra como o Brasil pode se tornar referência em renováveis no mundo.
Em agosto de 2011, ativistas do Greenpeace realizaram um protesto pacífico contra a decisão de Eike Batista de explorar petróleo nas proximidades do banco dos Abrolhos, região que concentra uma rica biodiversidade marinha, localizada na Bahia. Relembre o caso.