terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Lixeira feita com fundo de monitores

criativa solução para reaproveitar monitores de computador e TV: o artista de Recife J.Edson Azevedo usou o fundo desses equipamentos e Os transformou em lixeiras colocadas em uma comunidade habitacional.

Azevedo disse em seu blog que o projeto começou recentemente, quando um vizinho lhe cedeu dois monitores de TV e a ideia de usá-las como lixeira foi elaborada. “(…) Desenvolvo arte ajudando o meio ambiente, evitando, assim, acúmulo de lixo pelo chão.” Segundo ele, a iniciativa é um “projeto comunitário feito com amor e preocupação sustentável”.

A utilidade desses monitores-lixeira poderia ser direcionada a coletar apenas lixo eletrônico. As pilhas, baterias e carregadores de celular, após recolhidos, devem ser levados a um ponto verde para tratamento especial. Assim mesmo, a iniciativa de reunir resíduos em lugares apropriados, organizada com o pensamento construtivo de Azevedo, é exemplar! E você, o que faz com seus monitores de computador e TV?

A polêmica das sacolinhas

Os primeiros dias após o fim da distribuição das embalagens plásticas nos mercados são marcados por dúvidas, filas e confusão

Um acordo entre o governo do estado, a prefeitura municipal e a Associação Paulista de Supermercados (Apas) baniu, desde o dia 25, a distribuição gratuita de sacolas plásticas em 2.600 lojas com o objetivo de reduzir o descarte de 6,6 bilhões de embalagens por ano (1,8 bilhão delas só na capital). A iniciativa tem por trás uma louvável preocupação com o meio ambiente. Além de ser derivado do petróleo, o produto demoraria até 400 anos para se decompor depois de jogado no lixo, de acordo com alguns estudos. Como o tal acordo não tem valor de lei, a adesão é voluntária. Na cidade, 95% dos supermercados já embarcaram na campanha, cujo slogan é a frase "Vamos tirar o planeta do sufoco". A maior parte da população também se mostra simpática à ideia. Segundo pesquisa divulgada na semana passada pelo instituto Datafolha, 57% dos paulistanos apoiam a mudança.

Esse clima favorável entre a opinião pública, porém, não se refletiu nos humores de quem precisou passar pelos caixas na semana passada. Apesar da farta divulgação, muitos acabaram pegos de surpresa. Mesmo as pessoas que se preveniram para esta nova fase confessam ainda estar confusas sobre como substituir as sacolinhas. "Está difícil", dizia a pedagoga Sueli Castanho Nastri, enquanto pagava a conta na loja do Pão de Açúcar da Vila Clementino, na Zona Sul. Sua dificuldade era encontrar a melhor opção para levar as compras. Já tentou usar caixas de papelão, que, embora sejam distribuídas sem custo, nem sempre estão disponíveis. Também experimentou uma sacola retornável de tecido, cuja alça se rompeu com o peso. "Estou acostumada a levar mercadorias para duas semanas, mas hoje só vou adquirir comida para o dia, porque não sei mais como transportar grandes quantidades", contou. O presidente da Apas, João Gallassi, no entanto, aposta que as dificuldades serão passageiras. "É preciso um tempo de adaptação para que tudo se ajeite", acredita.

Para substituir as antigas embalagens, as empresas oferecem agora sacolas biodegradáveis. Elas são produzidas a partir de amido de milho e levam de seis meses a dois anos para sumir do planeta. Ou seja, essa versão seria uma evolução em termos ambientais. O inconveniente do negócio é que os mercados estão cobrando pelo produto (0,19 real, em média). "Não acho justo onerar o consumidor e lucrar com algo que antes era oferecido gratuitamente", afirma a publicitária Joan na Sottomaior. Segundo a Apas, o valor cobrado é o preço de custo da embalagem verde. Empresários do setor dizem ainda que a venda será provisória. "Numa segunda fase do programa, essas sacolas também vão sair de circulação. Elas estão sendo oferecidas agora apenas para não deixar as pessoas na mão", diz Felipe Zacari Antunes, gerente de sustentabilidade do Walmart Brasil.

Outra queixa comum dos consumidores é terem de se programar para fazer compras, carregando para o ponto de venda suas próprias embalagens, caso não queiram pagar pelas sacolas biodegradáveis. "Saí de casa para resolver várias coisas e decidi passar na venda", conta o corretor Lucas Nascimento. "Precisei levar tudo na mão." Até mesmo os iniciados sofrem. A agente de turismo Tatiana Ribeiro tem uma coleção de ecobags, caixas dobráveis e de papelão, e sabe muito bem onde acomodar da melhor forma cada item adquirido. "O problema é que levo uns vinte minutos para guardar tudo, e as pessoas no caixa olham feio", diz. A demora dos clientes em acondicionar as mercadorias antes de levá-las para casa — especialmente em carrinhos, que exigem cuidados para que os alimentos frágeis não sejam esmagados — também vem contribuindo para o aumento das filas.

Grandes redes como Pão de Açúcar, Walmart e Carrefour, além de outros mercados menores, criaram gôndolas recheadas de opções para os órfãos das sacolinhas. Cinco dias antes do fim da distribuição, o Pão de Açúcar, que vende catorze tipos de ecobag, reduziu o preço de seus sacos de ráfia (um tipo de plástico mais resistente) de 2,99 reais para 1,99 real. A rede Dia assinou o termo de compromisso com a Apas de banir a distribuição, mas só o fez em cerca de cinquenta endereços na capital. Em outros 100, incluindo os da Vila Madalena e da Vila Mariana, as velhas sacolinhas à base de petróleo ainda são fornecidas — o que tem atraído muitos fregueses. "Vou continuar vindo aqui, porque acho mais negócio", afirma a estudante Luiza Gomes. Por meio de sua assessoria, o Dia informou que o material em questão é sobra de estoque e sumirá gradualmente de suas lojas.
 

Rio+20: Brasil quer encontro entre governos e sociedade

Entre a reunião do Comitê Preparatório da ONU para a Rio+20 e a Conferência oficial, o governo brasileiro quer promover, com o apoio das Nações Unidas, um encontro, apelidado de Dia Sanduíche, entre sociedade civil e representantes dos governos participantes da Rio+20. A intenção é debater propostas preliminares para a Conferência, com base em oito temas – entre eles, cidades, água e segurança energética

O calendário básico da Rio+20 - Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável já está definido: a terceira e última reunião do PrepCom - Comitê Preparatório da ONU para a Rio+20 - que reunirá uma grande quantidade de diplomatas e representantes de governos e da sociedade civil, de todo o mundo - acontecerá entre 13 e 15/06, no Rio de Janeiro. Cinco dias depois, em 20/06, também na capital fluminense, finalmente terá início a Conferência oficial das Nações Unidas, que vai até 22/06.

Sendo assim, o calendário oficial ficou com um "buraco", entre um evento e outro, que foi reservado pela ONU para a realização de "negociações informais e eventos diversos". Nesse contexto, o governo brasileiro propôs, às Nações Unidas, aproveitar esse período para a realização de um encontro entre sociedade civil e representantes dos governos participantes da Rio+20.

Apelidado de Dia Sanduíche - exatamente porque acontecerá entre a reunião do PrepCom e a Conferência oficial -, o evento pretende debater, em formato inovador, propostas preliminares para a Rio+20, com base em oito temas definidos, em dezembro do ano passado, pelo governo brasileiro e que ainda estão sujeitos a alterações. São eles:
- Segurança alimentar e erradicação da pobreza;
- Segurança energética;
- Economia do desenvolvimento sustentável/Produção e consumo sustentáveis;
- Inovação tecnológica para sustentabilidade;
- Cidades;
- Água;
- Oceanos e
- Trabalho decente e migrações.

"Costumo dizer que será um evento do processo semioficial da Rio+20, porque reunirá personagens da esfera oficial, ou seja, representantes da ONU e governos, e da esfera não-oficial, que é representada pela sociedade civil. O encontro proporcionará a formação de uma zona cinzenta, que pode trazer debates muito positivos para a Conferência. Será a chance de civis entrarem em questões que os governos não são capazes de entrar, ou não querem mencionar", disse Aron Belinky, coordenador de Processos Internacionais do Instituto Vitae Civilis, durante evento do Radar Rio+20, exclusivo para jornalistas, promovido para discutir os avanços da Conferência da ONU.

Os detalhes a respeito da organização do evento e da forma de participação da sociedade civil ainda estão sendo definidos pelo governo brasileiro e pelo secretariado da ONU para a Rio+20 e devem ser divulgados até o final do mês de fevereiro. "A definição de como se dará a participação da sociedade civil nesse encontro merece atenção. O evento não será tão positivo, caso o Brasil e a ONU considerem como sociedade civil, apenas, aqueles que estão credenciados para participar dos on-site side events, no Riocentro. O número de ONGs, empresas e movimentos sociais que realizarão off-site events no Aterro do Flamengo também é grande e não pode ser desconsiderado. Para o debate ser rico todos os autônomos devem ser ouvidos", pontuou Belinky. 

 

Navios roubam água dos rios da Amazônia

A hidropirataria também é conhecida dos pesquisadores da Petrobras e de órgãos públicos estaduais do Amazonas. A informação deste novo crime chegou, de maneira não oficial, ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), órgão do governo local. “Uma mobilização até o local seria extremamente dispendiosa e necessitaríamos do auxílio tanto de outros órgãos como da comunidade para coibir essa prática”, reafirmou Ivo Brasil.

Depois de sofrer com a biopirataria, com o roubo de minérios e madeiras nobres, agora a Amazônia está enfrentando o tráfico de água doce. Uma nova modalidade de saque aos recursos naturais denominada hidropirataria. Cientistas e autoridades brasileiras foram informadas que navios petroleiros estão reabastecendo seus reservatórios no Rio Amazonas antes de sair das águas nacionais. Porém a falta de uma denúncia formal tem impedido a Agência Nacional de Águas (ANA), responsável por esse tipo de fiscalização, de atuar no caso. 
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Enquanto as grandes embarcações estrangeiras recriam a pirataria do Século 16, a burocracia impede o bloqueio desta nova forma de saque das riquezas nacionais.
Ivo Brasil, Diretor de Outorga, Cobrança e Fiscalização da Agência Nacional de Águas, sabe desta ação ilegal; contudo, aguarda uma denúncia oficial chegar à entidade para poder tomar as providências necessárias. “Só assim teremos condições legais para agir contra essa apropriação indevida”, afirmou.
O dirigente está preocupado com a situação. Precisa, porém, dos amparos legais para mobilizar tanto a Marinha como a Polícia Federal, que necessitam de comprovação do ato criminoso para promover uma operação na foz dos rios de toda a região amazônica próxima ao Oceano Atlântico. “Tenho ouvido comentários neste sentido, mas ainda nada foi formalizado”, observa.
A defesa das águas brasileiras está na Constituição Federal, no Artigo 20, que trata dos Bens da União. Em seu inciso III, a legislação determina que rios e quaisquer correntes de água no território nacional, inclusive o espaço do mar territorial, é pertencente à União.
Isto é complementado pela Lei 9.433/97, sobre Política Nacional de Recursos Hídricos, em seu Art. 1, inciso II, que estabelece ser a água um recurso limitado, dotado de valor econômico. E ainda determina que o poder público seja o responsável pela licença para uso dos recursos hídricos, “como derivação ou captação de parcela de água”. O gerente do Projeto Panamazônia, do INPE, o geólogo Paulo Roberto Martini, também tomou conhecimento do caso em conversa com técnicos de outros órgãos estatais. “Têm nos chegado diversas informações neste sentido, infelizmente sempre estão tirando irregularmente algo da Amazônia”, comentou o cientista, preocupado com o contrabando. 
Os cálculos preliminares mostram que cada navio tem se abastecido com 250 milhões de litros. A ingerência estrangeira nos recursos naturais da região amazônica tem aumentado significativamente nos últimos anos. 
Águas amazônicas 
Seja por ação de empresas multinacionais, pesquisadores estrangeiros autônomos ou pelas missões religiosas internacionais. Mesmo com o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM) ainda não foi possível conter os contrabandos e a interferência externa dentro da região. 
A hidropirataria também é conhecida dos pesquisadores da Petrobras e de órgãos públicos estaduais do Amazonas. A informação deste novo crime chegou, de maneira não oficial, ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), órgão do governo local. “Uma mobilização até o local seria extremamente dispendiosa e necessitaríamos do auxílio tanto de outros órgãos como da comunidade para coibir essa prática”, reafirmou Ivo Brasil. A captação é feita pelos petroleiros na foz do rio ou já dentro do curso de água doce. Somente o local do deságüe do Amazonas no Atlântico tem 320 km de extensão e fica dentro do território do Amapá. Neste lugar, a profundidade média é em torno de 50 m, o que suportaria o trânsito de um grande navio cargueiro. O contrabando é facilitado pela ausência de fiscalização na área. 
Essa água, apesar de conter uma gama residual imensa e a maior parte de origem mineral, pode ser facilmente tratada. Para empresas engarrafadoras, tanto da Europa como do Oriente Médio, trabalhar com essa água mesmo no estado bruto representaria uma grande economia. O custo por litro tratado seria muito inferior aos processos de dessalinizar águas subterrâneas ou oceânicas. Além de livrar-se do pagamento das altas taxas de utilização das águas de superfície existentes, principalmente, dos rios europeus. 
As águas salinizadas estão presentes no subsolo de vários países do Oriente Médio, como a Arábia Saudita, Kuwait e Israel. Eles praticamente só dispõem desta fonte para seus abastecimentos. O Brasil importa desta região cerca de 5% de todo o petróleo que será convertido para gasolina e outros derivados considerados de densidade leve. Esse procedimento de retirada do sal é feito por osmose reversa, algo extremamente caro. 
Na dessalinização é gasto US$ 1,50 por metro cúbico e US$ 0,80 com o mesmo volume de água doce tratada. 
Hidro ou biopirataria?
O diretor de operações da empresa Águas do Amazonas, o engenheiro Paulo Edgard Fiamenghi, trata as águas do Rio Negro, que abastece Manaus, por processos convencionais. E reconhece que esse procedimento seria de baixo custo para países com grandes dificuldades em obter água potável. “Levar água para se tratar no processo convencional é muito mais barato que o tratamento por osmose reversa”, comenta.
O avanço sobre as reservas hídricas do maior complexo ambiental do mundo, segundo os especialistas, pode ser o começo de um processo desastroso para a Amazônia. E isto surge num momento crítico, cujos esforços estão concentrados em reduzir a destruição da flora e da fauna, abrandando também a pressão internacional pela conservação dos ecossistemas locais.
Entretanto, no meio científico ninguém poderia supor que o manancial hídrico seria a próxima vítima da pirataria ambiental. Porém os pesquisadores brasileiros questionam o real interesse em se levar as águas amazônicas para outros continentes. O que suscita novamente o maior drama amazônico, o roubo de seus organismos vivos. “Podem estar levando água, peixes ou outras espécies e isto envolve diretamente a soberania dos países na região”, argumentou Martini.
A mesma linha de raciocínio é utilizada pelo professor do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Universidade Federal do Paraná, Ary Haro. Para ele, o simples roubo de água doce está longe de ser vantajoso no aspecto econômico. “Como ainda é desconhecido, só podemos formular teorias e uma delas pode estar ligada ao contrabando de peixes ou mesmo de microorganismos”, observou.
Essa suposição também é tida como algo possível para Fiamenghi, pois o volume levado na nova modalidade, denominada “hidropirataria” seria relativamente pequeno. Um navio petroleiro armazenaria o equivalente a meio dia de água utilizada pela cidade de Manaus, de 1,5 milhão de habitantes. “Desconheço esse caso, mas podemos estar diante de outros interesses além de se levar apenas água doce”, comentou. 
Segundo o pesquisador do INPE, a saturação dos recursos hídricos utilizáveis vem numa progressão mundial e a Amazônia é considerada a grande reserva do Planeta para os próximos mil anos. Pelos seus cálculos, 12% da água doce de superfície se encontram no território amazônico. “Essa é uma estimativa extremamente conservadora, há os que defendem 26% como o número mais preciso”, explicou.
Em todo o Planeta, dois terços são ocupado por oceanos, mares e rios. Porém, somente 3% desse volume são de água doce. Um índice baixo, que se torna ainda menor se for excluído o percentual encontrado no estado sólido, como nas geleiras polares e nos cumes das grandes cordilheiras. Contando ainda com as águas subterrâneas. Atualmente, na superfície do Planeta, a água em estado líquido, representa menos de 1% deste total disponível. 
A previsão é que num período entre 100 e 150 anos, as guerras sejam motivadas pela detenção dos recursos hídricos utilizáveis no consumo humano e em suas diversas atividades, com a agricultura. Muito disto se daria pela quebra dos regimes de chuvas, causada pelo aquecimento global. Isto alteraria profundamente o cenário hidrológico mundial, trazendo estiagem mais longas, menores índices pluviométricos, além do degelo das reservas polares e das neves permanentes. 
Sob esse aspecto, a Amazônia se transforma num local estratégico. Muito devido às suas características particulares, como o fato de ser a maior bacia existente na Terra e deter a mais complexa rede hidrográfica do planeta, com mais de mil afluentes. Diante deste quadro, a conclusão é óbvia: a sobrevivência da biodiversidade mundial passa pela preservação desta reserva. 
Mas a importância deste reduto natural poderá ser, num futuro próximo, sinônimo de riscos à soberania dos territórios panamazônicos. O que significa dizer que o Brasil seria um alvo prioritário numa eventual tentativa de se internacionalizar esses recursos, como já ocorre no caso das patentes de produtos derivados de espécies amazônicas. Pois 63,88% das águas que formam o rio se encontram dentro dos limites nacionais.
Esse potencial conflito é algo que projetos como o Sistema de Vigilância da Amazônia procuram minimizar. Outro aspecto a ser contornado é a falta de monitoramento da foz do rio. A cobertura de nuvens em toda Amazônia é intensa e os satélites de sensoriamento remoto não conseguem obter imagens do local. Já os satélites de captação de imagens via radar, que conseguiriam furar o bloqueio das nuvens e detectar os navios, estão operando mais ao norte.
As águas amazônicas representam 68% de todo volume hídrico existente no Brasil. E sua importância para o futuro da humanidade é fundamental. Entre 1970 e 1995 a quantidade de água disponível para cada habitante do mundo caiu 37% em todo mundo, e atualmente cerca de 1,4 bilhão de pessoas não têm acesso a água limpa. Segundo a Water World Vision, somente o Rio Amazonas e o Congo podem ser qualificados como limpos.