quarta-feira, 18 de julho de 2012

Veja como fazer 5 móveis com canos

Canos podem servir como base para diversos móveis fáceis de fazer


A estante para livros e outros objetos é feita com canos e peças de madeira (que podem ser reutilizadas). A ideia e o passo a passo são do blog The Brick House.
Luminárias

Já o designer Michael McHale usa canos na criação de luminárias.
Cama de canos

Sim, até uma cama é possível fazer com os canos e um colchão. Veja o passo a passo aqui.
Suporte para roupas

Acabou o espaço no guarda-roupa? Que tal usar canos para pendurar os cabides? Veja mais aqui.
Mesa para cozinha

Uma mesa para cozinha foi feita com canos e um pedaço de madeira (mas é possível usar diversos materiais para o tampo, como vidro). Mais aqui.

O drama do entulho eletrônico

A obsolescência programada, que faz tudo ficar velho antes da hora, é o alimento para um dos grandes problemas ambientais de nosso tempo 

Nos movimentados portos de Karachi, no Paquistão - o homônimo Karachi e Qasim -, cargueiros provenientes de Dubai transportam contêineres com peças velhas e quebradas de computadores. O lixo eletrônico recolhido vem dos Estados Unidos, Japão, Austrália, Inglaterra, Kuwait, Arábia Saudita, Singapura e Emirados Árabes.

Esse material (carcaças de discos rígidos, monitores, impressoras ou mesmo aparelhos inteiros) é reciclado no bairro de Sher Shah, onde se separa o joio do trigo. Ali, mais de 20 000 pessoas vivem da reciclagem, que é feita sem cuidados com o meio ambiente ou com a saúde. Sher Shah tem o mais alto índice de casos de câncer de pulmão e de problemas respiratórios do país, por causa da inalação de gases tóxicos, emitidos durante o processo de separação das peças. "O quilo de metal extraído na reciclagem do lixo eletrônico é comercializado a 120 rupias, ou 1,40 dólar", diz Madhumita Dutta, da organização Toxics Link India. Em Gana, na África, o quadro é semelhante.

O subúrbio de Agbogbloshie, da capital do país, Acra, é talvez o maior aterro eletrônico do mundo. É chamado pelos moradores de "Sodoma e Gomorra". No local, gangues fazem pente-fino em drives de computadores, laptops, palmtops, tablets e smartphones provenientes dos Estados Unidos e da Europa, em busca não só de material a ser vendido, mas também de informações sigilosas dos antigos proprietários. Os dados, que permanecem em geral intactos no computador, mesmo obsoleto, são usados depois em golpes pela internet. "O lixo eletrônico é um dos problemas de mais rápido crescimento no mundo", disse a VEJA a consultora Leslie Byster, da ONG International Campaign for Responsible Technology (Campanha Internacional pela Tecnologia Responsável).

O MAPA-MÚNDI DO FERRO VELHO, as idas e vindas do chamado e-lixo (em toneladas por ano)

Apesar de a Convenção de Basileia, na Suíça, em 1989, ter proibido o movimento entre fronteiras de resíduos perigosos (entre os quais as sobras eletrônicas), a legislação e notoriamente driblada pelos exportadores de traquitanas com chip, que etiquetam a carga como doação de equipamentos usados. O relatório ambiental de 2010 da ONU sobre lixo tecnológico calcula que são produzidos anualmente 50 milhões de toneladas. O relatório também prevê que o volume de dejetos procedentes de computadores abandonados crescera 500% em países como Índia, China e África do Sul ate 2020. O Brasil, o México e o Senegal são, entre as nações em desenvolvimento, os campeões mundiais de e-lixo per capita, com 0,5 quilo anual produzido por habitante.

O quadro brasileiro pode ser ainda mais grave. Segundo a professora Wanda Gunther, da Faculdade de Saúde Publica da USP, faltam dados e estudos nacionais amplos sobre o problema. mas o crescimento econômico fará aumentar a podridão eletrônica, em um caminho natural — e saudável, ate que provoque sujeira — do capitalismo. As pessoas tendem a trocar seus produtos, passando a frente os já velhos e ultrapassados. Querem o novo, e o destino final do que já não presta, ou não tem interessados na cadeia econômica, e o descarte.  

Simples assim. O nome do jogo, nesse caminho, e obsolescência programada, recurso de administração desenvolvido nos anos 20 pelo americano Alfred Sloan, então presidente da General Motors. Sloan criou um mecanismo, hoje tão natural que parece ter existido desde tempos imemoriais, de modo a atrair os consumidores a trocar de carro frequentemente, tendo como apelo a mudança anual de modelos e acessórios. Bill Gates, fundador da Microsoft, usou a estratégia nas atualizações do Windows, o onipresente programa de computador. Mais recentemente, a obsolescência programada virou regra nos produtos da Apple. O iPad foi lançado em janeiro de 2010. em marco de 2011, surgiu o iPad 2. Ha rumores de que já em fevereiro de 2012 seja anunciada a versão 3. Não tardará que cheguem aos lixões do Paquistão e também aos da África, rejeitados. No início dos anos 90, a vida media de equipamentos eletrônicos nos estados Unidos era de quatro anos, num casamento entre a qualidade do material usado para o hardware e a espantosa velocidade de desenvolvimento dos softwares.

Hoje, a vida media é de um ano e meio. Segundo Neil maycroft, professor da Lincoln School of Art & design, da Inglaterra, a curta existência dos aparelhos e resultado de dois fatores. "de um lado, os produtos são feitos para durar pouco. De outro, ha a obsolescência estilística", diz. "Somos regidos pela cultura de trocar a cada ano de modelo — de computador, de tablita, de celular — quando o antigo ainda funcionava muito bem", diz maycroft. Trata-se de uma das características mais evidentes de nosso tempo, o efêmero a impor hábitos. Não e postura necessariamente danosa, e sim produto da agilidade da tecnologia ancorada nos espetaculares avanços dos microprocessadores associados a internet. Segundo o instituto de pesquisa Gartner, 364 milhões de PCs e 468 milhões de celulares e smartphones serão vendidos globalmente ate o fim deste ano. E um mar de equipamentos que presumivelmente engrossara as estatísticas do lixo tecnológico ate 2014. O nó eletrônico parece um nó górdio — impossível de desatar. "E necessária uma legislação internacional mais rigorosa sobre o problema", diz Leslie byster.

Porém, como salienta o especialista em sustentabilidade britânico James Clark, da Universidade de York, não haverá solução sem a conscientização das vantagens econômicas envolvidas na reciclagem do lixo eletrônico. "o Japão, graças a um programa benfeito de reaproveitamento de equipamentos, hoje acumula três vezes mais ouro, prata e o metal índio (usado na fabricação de telas de cristal líquido e painéis solares) do que o mundo usa anualmente", diz Clark. Iniciativas como a japonesa, na contramão da deposição pura e simples, numa selva de malversações e contrabando, alimentam um negócio interessante, e de futuro, desde que organizado e com regras claras. O mercado de reciclagem do lixo eletrônico crescerá dos 5,7 bilhões de dólares atuais para 15 bilhões de dólares até 2014. Há solução para o drama do lixo eletrônico, e ela é limpa.

Visita inesperada nos postos de gasolina


Em Londres, a ursa polar Paula vai até um posto de gasolina para pedir que a Shell abandone os planos de explorar petróleo no Ártico © Elizabeth Dalziel/Greenpeace
  A campanha do Greenpeace Internacional para salvar o Ártico - www.SaveTheArctic.org - organizou protestos em diversas cidades para impedir que a Shell comece a explorar petróleo em uma das regiões mais frágeis e inóspitas do planeta.
Em Londres e em Edimburgo, ativistas estão bloqueando postos de gasolina da Shell. “Um vazamento no Ártico seria catastrófico para a vida selvagem da região, como as morsas e as baleias, e a Shell sabe muito bem que seria quase impossível limpar a área em caso de acidente”, disse Sara Ayech, da Campanha do Ártico, que está no posto de gasolina de Battersea impedindo que as bombas de gasolina funcionem.
Na Alemanha, 400 ativistas em 40 cidades diferentes informaram o público sobre a importância de se preservar o Ártico e de se criar um santuário global de proteção, enquanto em Aarhus, na Dinamarca, nove ursos polares visitaram um posto de gasolina e pintaram pegadas de ursos no chão.
O gelo do Ártico está desaparecendo. Nos últimos 30 anos, perdemos três quartos de gelo das calotas flutuantes e se essa tendência continuar podemos ficar sem gelo em um futuro próximo, desabrigando muitos animais. Para pedir que a empresa desista dos planos de exploração de petróleo, um urso polar foi até a casa do diretor-executivo da Shell, Peter Vosen, na Suíça.
E não foi apenas em sua residência que Peter Vosen recebeu a vista dos ativistas. Na Holanda, Sylvia Borren, diretora-executiva do Greenpeace Holanda, e outros doze ativistas estiveram em seu escritório bloqueando a entrada dos funcionários. “A Shell afirma ser uma empresa preocupada com o meio ambiente, mas na verdade investe em projetos arriscados para sugar as últimas gotas de óleo do planeta”, afirmou Borren que foi presa junto com os ativistas.
Apesar de já ter admitido que o Noble Discoverer – navio petroleiro da Shell que foi ocupado por ativistas do Greenpeace em fevereiro – não possui a estrutura necessária para explorar óleo em condições tão adversas como as do Ártico e de que só seria capaz de recolher 95% de óleo em caso de vazamento, a empresa mantém seus planos e fomenta a corrida por petróleo no Ártico, incentivando outras empresas a fazerem o mesmo.
Se você também quer proteger o Ártico, participe da campanha. Assine a petição no site e divulgue.