Em Londres, a ursa polar Paula vai até um posto de gasolina
para pedir que a Shell abandone os planos de explorar petróleo no Ártico
© Elizabeth Dalziel/Greenpeace
A campanha do Greenpeace Internacional para salvar o Ártico -
www.SaveTheArctic.org
- organizou protestos em diversas cidades para impedir que a Shell
comece a explorar petróleo em uma das regiões mais frágeis e inóspitas
do planeta.
Em Londres e em Edimburgo, ativistas estão bloqueando postos de
gasolina da Shell. “Um vazamento no Ártico seria catastrófico para a
vida selvagem da região, como as morsas e as baleias, e a Shell sabe
muito bem que seria quase impossível limpar a área em caso de acidente”,
disse Sara Ayech, da Campanha do Ártico, que está no posto de gasolina
de Battersea impedindo que as bombas de gasolina funcionem.
Na Alemanha, 400 ativistas em 40 cidades diferentes informaram o
público sobre a importância de se preservar o Ártico e de se criar um
santuário global de proteção, enquanto em Aarhus, na Dinamarca, nove
ursos polares visitaram um posto de gasolina e pintaram pegadas de ursos
no chão.
O gelo do Ártico está desaparecendo. Nos últimos 30 anos, perdemos
três quartos de gelo das calotas flutuantes e se essa tendência
continuar podemos ficar sem gelo em um futuro próximo, desabrigando
muitos animais. Para pedir que a empresa desista dos planos de
exploração de petróleo, um urso polar foi até a casa do
diretor-executivo da Shell, Peter Vosen, na Suíça.
E não foi apenas em sua residência que Peter Vosen recebeu a vista
dos ativistas. Na Holanda, Sylvia Borren, diretora-executiva do
Greenpeace Holanda, e outros doze ativistas estiveram em seu escritório
bloqueando a entrada dos funcionários. “A Shell afirma ser uma empresa
preocupada com o meio ambiente, mas na verdade investe em projetos
arriscados para sugar as últimas gotas de óleo do planeta”, afirmou
Borren que foi presa junto com os ativistas.
Apesar de já ter admitido que o Noble Discoverer –
navio petroleiro da Shell que foi ocupado por ativistas do Greenpeace em fevereiro
– não possui a estrutura necessária para explorar óleo em condições tão
adversas como as do Ártico e de que só seria capaz de recolher 95% de
óleo em caso de vazamento, a empresa mantém seus planos e fomenta a
corrida por petróleo no Ártico, incentivando outras empresas a fazerem o
mesmo.
Se você também quer proteger o Ártico, participe da campanha. Assine a petição no
site e divulgue.