quinta-feira, 3 de maio de 2012

Imagens revelam obras da usina Belo Monte

O Greenpeace divulgou recentemente fotos aéreas dos territórios que foram escolhidos para receber a hidrelétrica de Belo Monte. As fotos evidenciam que a vegetação de diversos trechos já foi removida, com máquinas trabalhando a todo o vapor. As imagens impressionam, mas mesmo parecendo ser o registro de grandes áreas, as fotos representam apenas um pequeno percentual de todo o espaço que será atingido pelo empreendimento.

A construção ocupará parte do território dos municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu, todos na região amazônica do estado do Pará, alagando uma área de aproximadamente 516 km², dimensões que superam as de cidades como Belo Horizonte e Porto Alegre.
O empreendimento é um dos maiores e mais polêmicos do governo federal. O custo-benefício da obra é questionado por muitos especialistas, em função da grande devastação ambiental que o empreendimento promoverá, apesar de a companhia responsável colocar que 60% da área ocupada por Belo Monte é constituída por pastagens e territórios destinados à agricultura.

De acordo com o Greenpeace, aproximadamente 40 mil pessoas correm o risco de desalojamento, além de outras 120 mil que poderão ser atingidas de forma direta e indireta pelo empreendimento.

A Norte Energia, empresa responsável pela obra, projeta que o custo final pode chegar a R$ 30 bilhões, valor próximo dos R$ 33,3 bilhões previstos pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para o ano de 2012 para a área da educação.
O Projeto Básico Ambiental (PBA) foi concebido nos moldes da licença concedida pelo Ibama. A empresa afirma ainda que o projeto não trará danos aos territórios indígenas e que serão investidos R$ 3,2 bilhões em ações socioambientais na região, beneficiando a população local com melhorias estruturais significativas.

Com o potencial hídrico do nosso país, que é um dos que conta com a maior quantidade de rios caudalosos no mundo, é natural que uma obra desse porte passe por questionamentos, sobretudo quando é colocado que a média de energia gerada ficará abaixo da metade do potencial total do empreendimento. As imagens de Belo Monte trazem à tona o projeto e permite novas reflexões sobre o tema por parte da sociedade civil.

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