O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do
Meio Ambiente, Nabil Bonduki, defendeu nesta segunda-feira (10) o
empenho dos municípios de todo o país para que ao Brasil possa cumprir
até 2014 a lei que determina o fim dos lixões e adoção dos aterros
sanitários. Segundo ele, 58% dos resíduos sólidos produzidos no país já
têm destinação adequada. No entanto, cerca de 4 mil municípios,
responsáveis pela produção dos outros 42%, ainda despejam em lixões os
materiais descartados pela população.
Apesar do número expressivo, Bonduki espera que nos próximos meses
haja uma melhoria significativa do sistema de manejo dos recicláveis. De
acordo com ele, 800 municípios estão elaborando projetos com essa
finalidade, o que deve elevar para 80% o total de resíduos com
destinação adequada.
“Os 20% restante terão que atuar em uma força-tarefa para que possam
alcançar bons resultados. Os municípios de pequeno porte devem se
mobilizar, elaborar planos de maneira intermunicipal para que possamos
atingir a meta”,disse ele, após participar, nesta segunda-feira, da
abertura da audiência pública sobre sobre o Plano Nacional de Resíduos
Sólidos, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp).
A audiência, que termina nesta terça-feira (11), é a terceira que
trata do tema e objetiva coletar sugestões para a nova política do
setor. Nos dias 13 e 14 de setembro, o assunto foi debatido em Mato
Grosso do Sul, com participação de representantes de Goiás, Mato Grosso e
do Distrito Federal.
Nos dias 4 e 5 deste mês, houve audiência em Curitiba. Os próximos
encontros ocorrerão em Recife, nos próximos dias 13 e 14, e em Belém,
nos dias 18 e 19 deste mês. O último debate público será nos dias 30 de
novembro e 1º de dezembro, em Brasília. Depois disso, a presidenta Dilma
Rousseff deverá assinar decreto regulamentando o Plano Nacional de
Resíduos Sólidos.
Segundo Bonduki, o estado de São Paulo produz um quarto dos resíduos
sólidos do país. Apesar disso, SP é a unidade da Federação que tem maior
cobertura de aterros sanitários, devido ao seu poder econômico. No
entanto, assinalou o secretário, ainda falta “cumprir a segunda parte da
lição que é a coleta seletiva”
Além da destinação adequada de resíduos sólidos urbanos, outros temas
estão sendo discutidos nas audiências públicas. Entre ele, as políticas
de inclusão dos catadores de materiais recicláveis, os resíduos de
serviços de saúde, portos, aeroportos e terminais rodoviários, os
resíduos industriais, os resíduos de mineração, os resíduos
agrossilvopastoris e os resíduos da construção civil. (Fonte: Marli
Moreira/ Agência Brasil)
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