Uma previsão catastrófica do planeta Terra para os próximos 40 anos
foi divulgada , por especialistas da área de
clima e saúde reunidos em uma conferência em Londres, no Reino Unido.
Segundo os pesquisadores, recursos naturais da Terra como comida,
água e florestas, estão se esgotando em uma velocidade alarmante,
causando fome, conflitos sociais, além da extinção de espécies.
Nos próximos anos, o aumento da fome devido à escassez de alimentos
causará desnutrição, assim como a falta de água vai deteriorar a higiene
pessoal. Foi citado ainda que a poluição deve enfraquecer o sistema
imunológico dos humanos e a grande migração de pessoas fugindo de
conflitos deverá propagar doenças infecciosas.
Tony McMichael, especialista em saúde da população da Universidade
Nacional Australiana, afirmou que em 2050, somente a região denominada
África Subsaariana seria responsável por aumentar em 70 milhões o número
de mortes.
Outro ponto citado se refere ao aumento dos casos de malária entre
2025 e 2050 devido às alterações climáticas, que tornaria propícia a
reprodução do mosquito transmissor da doença. “A mudança climática vai
enfraquecer progressivamente o mecanismo de suporte de vida da Terra”,
disse McMichael.
Aumento populacional – De acordo com os
especialistas, o aumento da população (estimada em 10 bilhões em 2050)
vai pressionar ainda mais os recursos globais. Outra questão citada são
os efeitos nos países ricos, principalmente nos da Europa.
“O excesso de consumo das nações ricas produziu uma dívida ecológica
financeira. O maior risco para a saúde humana é devido ao aumento no uso
de combustíveis fósseis, que poderão elevar o risco de doenças do
coração, além de câncer”, afirmou Ian Roberts, professor da Escola de
Higiene e Medicina Tropical de Londres.
Além disso, o Velho Continente estaria sob risco de ondas de calor,
enchentes e mais doenças infecciosas para a região norte, disse Sari
Kovats, uma das autoras do capítulo sobre a Europa no quinto relatório
do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla
em inglês), que será lançado entre 2013-2014.
Espécies em risco – De acordo com o Paul
Pearce-Kelly, curador-sênior da Sociedade Zoológica de Londres, cerca de
37% das 6 mil espécies de anfíbios do mundo podem desaparecer até 2100.
Os especialistas afirmam que na história do planeta ocorreram cinco
extinções em massa, entretanto, atualmente a taxa de extinção é 10 mil
vezes mais rápida do que em qualquer outro período registrado.
“Estamos perdendo três espécies por hora e isso antes dos principais
efeitos da mudança do clima”, disse Hugh Montgomery, diretor do
Instituto para Saúde Humana e Performance da University College London. (Fonte: G1)
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