segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

As 10 cidades mais preparadas para as mudanças climáticas


Acostumada a publicar artigos sobre sustentabilidade corporativa, a revista canadense Coporate Knights fez um artigo sobre as dez cidades mais resilientes do mundo. E quando ela diz ‘cidade resiliente’, ela se refere àquela que está se empenhando para fazer a transição para uma economia de baixo carbono e ao mesmo tempo se preparando para evitar o pior das mudanças climáticas.
E entre cidades europeias e norte-americanas, encontramos em segundo lugar uma brasileira, Curitiba, que já foi considerada em 2010 a cidade mais sustentável do mundo pelo prêmio Globe Award Sustainable City.
Foi a capital paranaense a primeira do mundo a ter sistema de ônibus de transporte rápido, com veículos biarticulados que circulam por corredores exclusivos e param em estações fixas, além dos chamados ligeirinhos, que também param apenas em pontos determinados.

Para elaborar o ranking, o autor do artigo, Boyd Cohen, usou uma metodologia que considerava somente cidades com mais de 600 mil pessoas e uma série de fatores como comprometimento político, densidade populacional, trânsito, uso de energias renováveis, extensão territorial de parques, emissões de GEE (Gases do Efeito Estufa) e metas de redução e planos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Veja a lista das dez cidades mais preparadas para as mudanças climáticas:
1. Copenhague (Dinamarca)
Não é uma surpresa que a cidade onde quase 40% da população usa a bicicleta como meio de transporte esteja ocupando o primeiro lugar deste ranking. Copenhague foi a única cidade a obter pontuação máxima no quesito “comprometimento político” e, junto com Curitiba, é a cidade com menor emissão de CO2 per capita. Além disso, a capital dinamarquesa está buscando ser a primeira grande capital do mundo a alcançar a neutralidade de carbono (em 2025).

2. Curitiba (Brasil)
“Curitiba é muitas vezes a referência em revitalização urbana sustentável”, diz o ranking. E apesar de ser a cidade entre as dez que menos corre perigo em caso de um aumento do nível do mar, é a que tem o melhor programa de adaptação. Desde a década de 1970, Curitiba tem um plano de prevenção contra inundações por rios das suas proximidades, tendo criado mais de 2.000 hectares de parques ao longo do curso d’água.
3. Barcelona (Espanha)
Apesar de Barcelona ter atualmente um baixo percentual de uso de energias renováveis, se destaca pelo seu empenho em difundir o uso de energia solar. Por meio de regulamentação municipal, estabeleceu que todos os novos edifícios e as reformas devem implementar algum sistema de aquecimento solar, geralmente para a água.
4. Estocolmo (Suécia)
A cidade tem a segunda melhor meta de redução de Gases do Efeito Estufa (GEE), pretendendo ser neutra em carbono até 2050. Destacou-se por um bom comprometimento político e pela quantidade de áreas verdes, ficando atrás de Paris quando avaliada no quesito extensão da rede de transporte por trilhos per capita. Também ganhou pontos pelos mais de 85 km² de parques – o equivalente a 40% da sua área.

5. Vancouver (Canadá)
Possui a maior pontuação entre todas as cidades da América do Norte neste ranking, se esforçando para se tornar a cidade mais verde do mundo até 2020. Além de cerca de 90% de sua energia ser proveniente de fontes renováveis, está investindo em seu próprio sistema de energia. Dois dados também provam que Vancouver está indo pelo caminho certo: tem o maior número de edifícios com certificação LEED entre as cidades da América do Norte e 48% do abastecimento é feito com alimentos produzidos localmente.
6. Paris (França)
A “Cidade da Luz” também está fazendo progressos. Além de ser signatária de uma série de pactos internacionais, Paris foi uma das líderes na categoria plano de adaptação às mudanças climáticas. É uma das únicas cidades do ranking que possui projetos tangíveis, tendo recentemente plantado cerca de 100 mil árvores em 20 mil metros quadrados de jardins.
7. São Francisco (Estados Unidos)
O comprometimento político e a meta agressiva de redução de GEE garantiram uma boa pontuação para São Francisco. A meta é reduzir, até 2050, cerca de 80% dos níveis medidos em 1990. A cidade dos Estados Unidos mais bem classificada também está entre as primeiras a trabalhar para introduzir um programa de expansão do uso de energia solar.

8. Nova York (Estados Unidos)
O prefeito da cidade, Michael Bloomberg, é um forte defensor em tornar a cidade mais sustentável. A extensão da rede de transportes por trilhos e das áreas de parques colocaram a cidade entre as dez mais resilientes.
9. Londres (Inglaterra)
Esta cidade já está acostumada a aparecer em listagens sobre cidades sustentáveis. Sempre se destaca por suas medidas de adaptação, além da criação da “zona de circulação” que levou a uma redução significativa do tráfego. Londres também foi responsável pela segunda maior barreira móvel contra enchentes que protege o centro da cidade das cheias.

10. Tóquio (Japão)
Tóquio, como todas as outras cidades, ainda tem muito a fazer para ter um bom plano de adaptação às mudanças climáticas. O autor sugere que a cidade aumente seus investimentos em energias renováveis e criação de áreas verdes. Mas a única cidade asiática do ranking conquistou o décimo lugar pelo seu forte apoio à iniciativa privada e por seu foco em soluções rentáveis para mitigar as consequências do clima.
E você, o que achou dessa lista? Que outra cidade merecia estar entre as dez mais bem preparadas para as mudanças climáticas?

Nenhum comentário:

Postar um comentário