De fato, para a Volkswagen, que esconde seu perigoso lobby anti-políticas climáticas sob anúncios bacanas, a verdade é algo a ser temido. Mas confiança não é um problema, se você se comunica com sua audiência apenas através de mídias de mão única como TV, rádio ou impressos. Fica fácil construir a imagem de uma empresa verde e pagar para que essa mentira se espalhe.
Um voluntário do Greenpeace no Reino Unido viu no post da VW em seu Facebook que pedia conselhos de seus “amigos” para 2012 uma boa oportunidade para mobilizar pessoas, que rapidamente postaram seus “conselhos”: pedidos para que a empresa pare de fazer lobby anticlima.
O que fez a Volkswagen? Escolheu a opção nitidamente mais antisocial: tapou os ouvidos. Apesar de mais de mil comentários postados, a gigante da indústria automobilística não soltou uma única palavra em resposta.
Nós sabemos que o nº 1 da montadora no mundo, Martin Winterkorn, se negou a falar conosco, por isso assumimos que tal ordem veio de cima: vamos ignorar todos os adeptos do Greenpeace. Será que funciona? Nós duvidamos.
Se a ainda breve história das mídias sociais pode nos ensinar algo é que ignorar pessoas não faz com que elas desapareçam. Elas só ficam com mais raiva e essa não parece ser uma estratégia muito inteligente, tendo em vista que, das 480.000 que assinaram a petição pedindo mudanças à VW, 90.000 são consumidores da marca. Ou pelos menos eram.”
*Jamess é do Greenpeace Reino Unido.
No Brasil, em novembro de 2011, presenciamos postura semelhante nas redes sociais da petroleira Chevron, culpada pelo vazamento de óleo na bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro.
Após contarmos aos nossos amigos que a empresa não estava agindo com transparência e exatidão ao publicar sua versão sobre o ocorrido, centenas de comentários foram postados na fan page da Chevron no Facebook e permanecem até hoje sem resposta.
http://vwdarkside.com/pt
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